Caged: Brasil criou 157.198 empregos formais em junho
Saldo de vagas com carteira soma 1,02 milhão no acumulado do ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Serviços puxaram a alta do emprego
O mercado de trabalho formal brasileiro gerou 157.198 empregos com carteira assinada em junho, uma redução de 44,8% em relação ao mesmo mês do ano passado (285.009). Os dados divulgados nesta quinta-feira, 27/07, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Foram registradas no mês passado 1,914 milhões de contratações e 1,756 milhão de demissões. O resultado ficou acima da estimativa do mercado.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, culpou o alto patamar da taxa básica de juros, a Selic, pelo crescimento menor do emprego com carteira em relação ao ano passado.
“O desempenho foi bom, mas poderia ser melhor se não fosse o comportamento inadequado do Banco Central. Não fosse esse esquizofrênico comportamento dos juros no Brasil, poderíamos ter criado 200 mil novos empregos em junho.”
Em junho de 2020, em meio à pandemia, foram fechados 23.111 postos de trabalho. No mesmo mês de 2021, foram abertas 310.036 mil vagas formais; e em 2022, criados 277.944 empregos com carteira.
Setores
Em todos os setores houve abertura de vagas formais no mês passado, segundo os dados do Ministério do Trabalho.
O destaque ficou com o de serviços, segmento que mais emprega no país e que gerou 76.420 novos postos de trabalho no período.
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O setor foi seguido pela agropecuária (27.159), construção (20.953), comércio (20.554) e indústria (12.117).
“Nós observamos na indústria um emprego de maior qualidade. Isso demonstra que o setor se preparou para essa retomada do crescimento. Mas tem um impedimento, que é o custo do dinheiro, do investimento para capital de giro”, concluiu Marinho.
Regiões
As regiões brasileiras também tiveram saldo positivo de empregos com carteira assinada em julho, segundo o Caged.
A principal criação de postos de trabalho formal aconteceu no Sudeste (76.081), seguido por Nordeste (33.624), Centro-Oeste (21.547), Norte (14.105) e Sul (9.587).
Acumulado do ano no Caged
No primeiro semestre de 2023, foram criadas mais de 1,02 milhão de vagas formais no país. Esse resultado representa uma queda de 26,3% em relação aos 1,38 milhão de empregos com carteira abertos no mesmo período do ano passado.
No fim de junho, o país tinha saldo de 43,46 milhões de empregos com carteira assinada, aumento na comparação com o mês anterior (43,31 milhões) e com junho de 2022 (41,81 milhões).
Salário médio
O salário médio de admissão foi de R$ 2.015,04 em junho, alta real (descontada a inflação) na comparação com maio desse ano (R$ 2.002,57).
Em relação a junho do ano passado, também houve aumento no salário médio de admissão (R$ 1.980,44). Já o salário médio de demissão ficou em R$ 2.145,37 em junho, contra R$ 2.080,90 um mês antes.
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