COP 28: o que é a Conferência do Clima e o que esperar da participação do Brasil?
A COP-28 começa no dia 30 de novembro e vai até 12 de dezembro, em Dubai
Nesta semana, começa a COP 28, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023. A edição deste ano acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem início na quinta-feira (30/11) e vai até o dia 12 de dezembro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá participar do evento e deve apresentar uma proposta de modelo de financiamento global para países que preservarem suas florestas. O objetivo da medida é encontrar formas de remunerar os países que precisam preservar o meio ambiente para garantir a desaceleração das mudanças climáticas. A proposta é que os países florestais sejam pagos por hectare de floresta preservado.
Além da participação de Lula, a delegação brasileira deve ter ao menos 17 ministros do governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não decidiu se vai.
A COP 28 deverá reunir 140 chefes de Estado e de governo. O Brasil terá uma delegação com cerca de 1,5 mil participantes da sociedade civil, de empresas privadas, do Congresso Nacional, de governos estaduais e do governo federal.
O que é a COP?
As Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas são reuniões anuais de líderes de todo o mundo, sempre com o tema de questões ambientais.
Sua origem é a Cúpula da Terra, conferência realizada no Rio de Janeiro, em 1992, e outras organizadas antes dessa, quando vários países iniciaram discussões e propuseram medidas para combateras as mudanças climáticas.
Dessa série de encontros, nasceram as bases do Protocolo de Quioto, tratado internacional que fixou um cronograma e metas para a redução de gases causadores do efeito estufa. O Protocolo foi assinado durante a COP-3, em 1997, e vem sendo ratificado desde então.
O que esperar do Brasil na COP-28?
A COP 28 deverá fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris, estabelecido em 2015. No evento, o Brasil deverá endossar o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Para isso, deve reiterar a meta, atualizada neste ano, de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.
Além disso, o Brasil reiterou neste ano compromisso de alcançar emissões líquidas neutras até 2050. Ou seja, tudo que o país ainda emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas, recuperação de biomas ou outras tecnologias.
A expectativa é que o governo aproveite a conferência para promover as credenciais ambientais do Brasil, em busca de tomar a dianteira no tema combate às mudanças climáticas. Para isso, os membros do governo devem destacar os recentes feitos, como a redução do desmatamento na Amazônia e a provável aprovação de um novo marco para o mercado de carbono. A comitiva brasileira também deve ressaltar o amplo programa de transição ecológica sendo desenvolvido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua equipe.
Por que ESG é importante para os investimentos?
ESG é, sem dúvida, o termo que mais ganhou força no mundo dos negócios nos últimos anos. Abreviação de Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança), a sigla surgiu como forma de avaliar a atuação das empresas para além do lucro.
Além da mudança de perfil de investidores mais jovens, que valorizam empresas comprometidas em diminuir os impactos dos negócios ao meio ambiente, a expectativa é que ESG tenha um peso na composição da carteira de investidores de 30% a 50% até 2025.
Este vídeo explica o motivo em pouco mais de 2 minutos:
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*Com Agência Brasil e Agência Estado