Após privatização, Copel deve preparar Compagas para ir a mercado no próximo semestre
A empresa de gás, que teve a concessão renovada no ano passado, também passou a ser privada com a operação de capitalização
O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), afirmou na manhã desta segunda, dia 14, que a Copel deve preparar a distribuidora de gás Compagas para ir a mercado já no próximo semestre.
A empresa de gás, que teve a concessão renovada no ano passado, também passou a ser privada com a operação de capitalização feita pela Copel e, de acordo com o presidente da companhia, Daniel Slaviero, não faz parte das principais atividades da elétrica.
O objetivo da Copel, segundo ele, é gerar, distribuir, transmitir e comercializar energia elétrica e o plano estadual para gás do Estado tem objetivos ambiciosos, com investimentos na ordem dos R$ 2,5 bilhões ao longo do contrato.
O formato da operação “ainda será discutido”, mas Slaviero afirmou que será um “processo competitivo privado padrão”. As declarações foram feitas a jornalistas antes da cerimônia de toque de campainha que encerra a oferta de ações da Copel na B3, em São Paulo.
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Modelo sem controlar definido
Slaviero também afirmou que o modelo de corporação sem controlador definido, com golden share, é o melhor para que a empresa possa conseguir protagonismo no setor elétrico brasileiro.
Ele destacou que a iniciativa, que foi concluída na última semana, permite a renovação da concessão de três de suas maiores usinas hidrelétricas, um dos principais impulsionadores para que a operação fosse realizada.
Em discurso durante a cerimônia de toque de campainha que encerra a oferta de ações da Copel na B3, em São Paulo, ele relembrou etapas do processo de privatização da companhia, entre elas, a ação judicial envolvendo o banco Itaú.
Depois do acordo, que envolveu o pagamento de R$ 1,7 bilhão ao banco, a instituição financeira foi “decisiva” para o processo de capitalização, disse.
Copel: distribuições de ações e lote extra
As declarações acontecem depois da Copel concluir, na sexta-feira, 11/08, o processo de transformação da companhia em uma corporação, sem acionista controlador. A conclusão, segundo a empresa, ocorreu diante da liquidação financeira da oferta base secundária de ações de titularidade do Estado do Paraná e da oferta base primária de novas ações da Copel.
Assim, o Estado do Paraná reduziu participação nas ações com direito de voto de 69,66% para cerca de 32,32%, de modo que a Copel deixou de ser sociedade de economia mista integrante da administração pública indireta do Paraná e de se sujeitar às disposições previstas na Lei das Estatais.
Além disso, a companhia diz que, caso seja exercida a opção de colocação do lote suplementar equivalente a até 15% da oferta base, a participação do Estado do Paraná nas ações com direito a voto poderá ser reduzida, ainda, para até 26,96%.
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Por meio de fato relevante, a companhia reforça a criação e emissão de Golden Share (ação preferencial de classe especial) de titularidade do Estado do Paraná e a criação de um limite para que nenhum acionista ou grupo tenha mais que 10% do total de ações com direito a voto em cada deliberação.
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A oferta da Copel distribuiu 549.171.000 ações ordinárias de emissão da companhia, compreendendo a distribuição primária de, inicialmente, 229.886.000 ações; e secundária de, inicialmente, 319.285.000 ações alienadas pelo acionista vendedor, o governo do estado do Paraná.
A empresa precificou a ação em R$ 8,25 por ação no âmbito da oferta, perfazendo o montante de R$ 4.530.660.750, sem considerar a colocação das Ações Suplementares.
A quantidade de ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar equivalente a até 15%, ou seja, em até 82.375.650 ações, das quais até 18.518.650 novas ações a serem emitidas pela companhia; e até 63.857.000 ações a serem alienadas pelo governo paranaense.
O lote extra acrescenta R$ 679,599 milhões à oferta, que deve totalizar R$ 5,210 bilhões, e a data limite do prazo de exercício da opção de ações suplementares é 7 de setembro.