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As 20 empresas que mais pagaram dividendos no Brasil e no mundo em 2023

Microsoft retoma a liderança do ranking de empresas globais que mais pagaram dividendos apoiada em aposta em inteligência artificial

Microsoft. Foto: Pixabay
Microsoft. Foto: Pixabay

A busca por ações boas pagadoras de dividendos não se limita apenas às companhias locais. A distribuição de proventos também são destaques de empresas mundo afora. 

Segundo a Janus Henderson Investors, os dividendos globais aumentaram 5% em 2023, atingindo um recorde de US$ 1,66 trilhão pagos. A gestora também levantou as 20 empresas que mais pagaram lucros aos seus acionistas. Confira!

Confira as 20 empresas que mais pagaram dividendos no mundo em 2023

O grande destaque em dividendos no mundo em 2023 foi a Microsoft, que voltou ao topo da lista após 3 anos, e distribuiu US$ 20,74 bilhões.

O segundo lugar ficou com outra gigante da tecnologia, a Apple, que pagou US$ 14,9 bilhões aos seus investidores. 

Segundo Gerson Brilhante, analista da Levante Corp, ambas as companhias têm investido significativamente em inteligência artificial para impulsionar inovações em seus produtos e serviços. O que alavancou seus lucros. 

“Espera-se que essa ênfase em IA resulte em melhorias contínuas no operacional, à medida que desenvolvem produtos mais avançados e eficientes. Além disso, há o crescimento sólido das receitas.

O top 3 é completado pela Exxon Mobil, do setor de petróleo e gás, que distribuiu US$ 14,79 em proventos.

PosiçãoEmpresaPaísSetorUS$ em bilhões
1MicrosoftEUATecnologia20,74
2AppleEUATecnologia14,9
3Exxon MobilEUAPetróleo e gás14,79
4China Construction BankChinaFinanceiro12,99
5PetrochinaChinaPetróleo e gás12,75
6BHPAustráliaMateriais básicos12,3
7China MobileHong KongComunicação e mídia12,14
8Johnson & JohnsonEUACuidados com a saúde e farmácia11,99
9JP Morgan ChaseEUAFinanceiro11,81
10A.P Moller – MaerskDinamarcaFinanceiro11,73
11ChevronEUAPetróleo e gás11,4
12EquinorNoruegaPetróleo e gás11,2
13VerizonEUATelecomunicações11
14HSBCReino UnidoFinanceiro10,5
15AbbvieEUAFarmacêutica10,4
16Taiwan Semiconductor ManufacturingTaiwanSemicondutores9,4
17PfizerEUAFarmacêutica9,25
18NestléSuíçaAlimentos9,1
19VolkswagenAlemanhaProdução de veículos8,8
20Procter & GambleEUABens de consumo8,8
Fonte: Janus Henderson Investors

Queda no crescimento global e países emergentes em destaque

De acordo com o estudo, 86% das empresas em todo o mundo aumentaram os dividendos ou os mantiveram estáveis no último ano. Contudo, os grandes cortes nos proventos feitos por empresas como BHP, Petrobras, Rio Tinto, Intel e AT&T, reduziram a taxa de crescimento global no ano em dois pontos percentuais.

O destaque positivo ficou por conta dos mercados emergentes que distribuíram dividendos recordes pelo terceiro ano consecutivo.  Foram pagos US$ 166,1 bilhões, um aumento de 8% em uma base nominal.

No ano passado, 22 países registraram pagamentos recordes de dividendos, entre eles os EUA, a França, a Alemanha, a Itália, o Canadá, o México e a Indonésia.

Bancos puxam dividendos para cima

Entre os setores, os bancos, especialmente nos mercados emergentes, entregaram dividendos recordes em 2023 e contribuíram com metade do crescimento mundial de proventos. O movimento foi impulsionado por taxas de juros mais altas globalmente, que permitiram que muitos bancos aumentassem as margens de seus negócios.

Prova disso foi a presença de empresas dos EUA, China e Europa no top 10 de distribuição de dividendos. É o caso do China Construction Bank, que pagou US$ 12,99. Assim como o JP Morgan Chase e o A.P Moller – Maersk, que distribuíram US$ 11,81 e US$ 11,73, respectivamente.

Previsão de dividendos para 2024

A Janus Henderson espera que 2024 apresente um crescimento semelhante ao de 2023. A estimativa é de que sejam distribuídos dividendos de US$ 1,72 trilhão até o fim do ano, um aumento de 5%.

Ben Lofthouse, diretor de renda variável global da Janus Henderson, aponta que o pessimismo com relação à economia global mostrou-se infundado em 2023 e, embora as perspectivas sejam incertas, os dividendos estão bem sustentados. “O fluxo de caixa corporativo na maioria dos setores permaneceu forte”.

Lofthouse pondera que o efeito defasado das taxas de juros mais altas continuará a ter impacto sobre os dividendos, além da previsão de crescimento econômico global mais lento e custos de financiamento mais altos para as empresas. 

“Embora o rápido crescimento que vimos nos bancos vá desacelerar este ano, é provável que os rápidos declínios do setor de mineração também tenham um impacto menor. Os preços da energia continuam firmes, de modo que os dividendos do petróleo são acessíveis e os grandes setores defensivos, como saúde, alimentos e bens de consumo básicos, devem continuar a progredir de forma constante. Além disso, os dividendos são muito menos variáveis do que os lucros ao longo do tempo”, aponta.

Já o analista da Levante Corp destaca que o setor de petróleo e gás pode ter um aumento de demanda de commodities por conta da melhora na atividade econômica da China. 

“Isso pode beneficiar empresas como Exxon Mobil, PetroChina e BHP, impulsionando seu crescimento e aumentando seus lucros, o que pode levar a um aumento dos dividendos para os acionistas”, diz.

Ele ainda ressalta que a política monetária chinesa, orientada para estimular a economia, pode levar empresas como China Construction Bank e China Mobile a se beneficiarem de uma maior atividade econômica e demanda por serviços financeiros e de telecomunicações.

Pagadoras de dividendos no Brasil

O levantamento de Einar Rivero, consultor financeiro da Elos Ayta Consultoria, feito para o Bora em janeiro, destacou as 20 ações com maiores Dividend Yield em 2023 no Brasil aos seus acionistas. Confira!

Líder do ranking, com o maior dividend yield, a ação da Mahle-Metal Leve (LEVE3), teve um retorno de 35,80% em proventos aos seus acionistas.

Para José Daronco, analista CNPI da Suno Research, a distribuição de proventos da companhia não se deu pelo resultado propriamente dito. Mas, por uma captação a mercado (follow-on), que possibilitou ela pagar ‘dividendos turbinados’.

Em segundo e terceiro lugar da lista estão os papéis da Petrobras, PETR4 e PETR3. As ações tiveram DY de 29,58% e 25,85%, seguindo a trajetória dos últimos 2 anos de pagar um dividendo expressivo.

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