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Controladora da Starbucks e Eataly pede recuperação judicial

Com dívidas de R$ 1,8 bilhão, SouthRock Capital protocolou pedido de RJ de suas importantes marcas de alimentos. Rede Subway ficou de fora

Fotografia da unidade do Starbucks no Belo Horizonte Boulevard Shopping
Starbucks

A Southrock Capital entrou com um pedido de recuperação judicial de suas importantes marcas de alimentos, como a cafeteria Starbucks e o mercado italiano de luxo, Eataly. A empresa comanda as operações através de licenciamento e franquias no Brasil.

As dívidas estimadas da companhia somam R$ 1,8 bilhão, segundo o documento protocolado na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, pelo escritório Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil Advogados.

Segundo a Southrock Capital, o baixo grau de confiança, a alta instabilidade no país, a volatilidade das taxas de juros e do câmbio “desequilibram o mercado e atingem fortemente o empreendedor brasileiro”.

Americanas: entenda o que é a recuperação judicial

“Foi este o cenário que, lamentavelmente, gerou essa crise sem precedentes da empresa após o estado de calamidade pública instaurado”, disse a companhia no documento de recuperação judicial entregue à justiça.

O Comitê de Política Monetária divulga hoje o resultado da sua reunião, que deve fazer mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, o que leva a Selic para 12,25% ao ano.

Desde a pandemia, os lucros da Southrock Capital apresentam fortes perdas. Em 2020, as vendas despencaram 95%. Essa queda se somou ao aumento da inadimplência de seus parceiros comerciais. No ano seguinte, as vendas encolheram 70% e em 2022 mais 30%.

Ainda segundo a empresa, o pedido de recuperação judicial busca garantir a continuidade de sua atividade, manter os postos de trabalho, a produção de bens, a geração de riquezas e o recolhimento de tributos.

De acordo com uma apuração do jornal ‘Valor Econômico’ e do ‘Pipeline’, a Southrock tentou nos últimos meses, sem sucesso, buscar investidores para o negócio.

Sobre a Southrock Capital, controladora do Starbucks

Criada em 2015, a Southrock Capital opera marcas de alimentos no Brasil. A rede de fast-food Subway, por exemplo, é controlada pela empresa. No entanto, não entrou nesse pedido de recuperação judicial.

Dois anos depois, a companhia passou a atuar nos principais aeroportos do país, através da Brasil Airport Restaurants (B.A.R.).

Em 2018, a empresa passou a operar o Starbucks e TGI Fridays e, em 2022, começou a controlar o centro gastronômico Eataly, em São Paulo.

A primeira loja do Starbucks foi aberta em 2006. A partir de 2019, após a entrada da Southrock no negócio, se deslocou do eixo Rio-SP para nove estados do país.

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