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Indicador mostra setor de serviços em patamar elevado no Brasil e nos EUA

Puxado por demanda e emprego, PMI brasileiro ficou em 54,1 pontos em maio, o que indica expansão na atividade. Nos Estados Unidos, índice avançou puxado por turismo e lazer.

trabalhadores limpeza edifícios. Foto: Pixabay
O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira. Foto: Pixabay

Os serviços prestados no Brasil seguem em expansão, apesar de uma leve perda de tração em maio. Os dados reforçam um maior crescimento da demanda e do emprego. Também mostram uma guinada na confiança dos empresários, que atingiu o maior patamar em sete meses.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor, divulgado nesta segunda-feira, 05/06, registrou uma leve queda de 54,5 pontos em abril para 54,1 em maio, segundo a S&P Global. Apesar da desaceleração, os serviços seguem acima dos 50 pontos, o que indica expansão da atividade.

A diretora econômica da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna de Lima, afirmou que a confiança das empresas de serviços atingiu 58% dos entrevistados, índice que mostra otimismo. Por outro lado, há “aumentos persistentes” nos preços de insumos, salários e despesas operacionais.

“O cenário econômico do país apresenta uma forte divergência setorial; A indústria está passando por dificuldades, enquanto o setor de serviços prospera. Portanto, o setor de serviços continua a desempenhar um papel vital de impulsionar a economia do país em meio a um cenário global em constante evolução. Isso acontece à medida em que os elaboradores de políticas se esforçam para alcançar uma trajetória de crescimento equilibrado e sustentado”.

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O índice de gerente de compras composto, que reúne dados do setor industrial e de serviços, subiu de 51,8 pontos para 52,3 em maio. É a terceira expansão consecutiva. “A divergência entre os dois setores estendeu-se aos preços. Enquanto os fabricantes registraram reduções nos preços de insumos e de bens finais em maio, o setor de serviços continuou a sofrer fortes pressões inflacionárias.”

O boletim Focus, do Banco Central, mostrou hoje uma leve desaceleração nas estimativas de inflação para 2023, de 5,71% para 5,69%. Mesmo assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue bem acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,75%.

EUA também tem expansão nos serviços

Nos Estados Unidos, o setor de serviços em maio foi impulsionado pela maior demanda em turismo, viagens e lazer. O PMI passou de 53,6 em abril para 54,9 pontos no mês passado, segundo a S&P Global.

Quando incluímos a indústria nesse índice, o chamado PMI Composto, o avanço foi de 53,4 pontos para 54,3 nessa mesma base de comparação. É a expansão mais rápida na atividade em mais de um ano. Quando calculado sozinho, o índice industrial mostra recuo de 50,2 em abril a 48,4 pontos no mês passado.

“Os EUA continuam vendo uma economia em duas velocidades, com a lentidão do setor industrial contrastando com o ressurgimento do setor de serviços. As empresas em setores como viagens, turismo, recreação e lazer estão desfrutando de um mini ‘boom’ pós-pandemia, à medida que os gastos são transferidos de bens para serviços”, explica Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P, em relatório.

Zona do Euro

Na zona do Euro, o índice de gerente de compras composto (indústria e serviços) perdeu ritmo de 54,1 pontos em abril para 52,8 em maio. É a primeira desaceleração no crescimento desde o início do ano. O resultado é reflexo do setor de serviços, que também recuou de 56,2 pontos para 55,1 no mesmo período.

Os PMIs acima dos 50 pontos mostram que a atividade econômica no bloco europeu segue em expansão, apesar das quedas, explicou o economista-chefe no Hamburg Commercial Bank, Cyrus de La Rubia.

“O setor de serviços vem recebendo suporte de um mercado de trabalho forte, alta de salários e do setor de turismo, que está crescendo em toda a Europa”.

China: serviços seguem em expansão

Pelo quinto mês consecutivo, os serviços prestados na China avançaram em ritmo forte. O PMI subiu para 57,1 pontos em maio, ante 56,4 no mês anterior. Esse resultado reforça a recuperação do setor após o fim da política de tolerância zero aos casos de Covid-19, cancelada pelo governo chinês no fim do ano passado. Os dados foram computados pelo grupo de mídia Caixin e pela S&P Global.

O economista do Caixin Insight Group, Wang Zhe, explica que os números positivos foram puxados pelo aumento das contratações diante da necessidade de expandir a produção das empresas do setor. No entanto, pondera que a perspectiva para os próximos meses é de desaceleração.

“Os provedores de serviços permaneceram otimistas em parte porque o ambiente de mercado melhorou na era pós-covid. No entanto, as expectativas para a atividade futura caíram pelo quarto mês consecutivo, abaixo da média histórica.” disse.

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