Notícias

IPCA-15 cai puxado por combustíveis

Indicador mostra desaceleração dos preços, como em julho, mas alta em vários grupos ainda preocupa

Cartazes mostram o preço da gasolina e do etanol em posto onde um carro é abastecido
A desoneração de dois combustíveis – que começou no governo de Jair Bolsonaro (PL) – foi prorrogada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (24) o IPCA-15. O indicador segue a mesma metodologia do IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que é a medida oficial da inflação no Brasil, mas é coletado num período diferente: do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês vigente.

O resultado, como era esperado pelos analistas, mostrou uma queda de 0,73% dos preços no período, confirmando a desaceleração que já tinha sido observada no IPCA de julho. No ano, o IPCA-15 mostra uma alta de preços de 9,6% 

Qual a relação de inflação e Selic? Aprenda isso e mais no hub de educação financeira da B3

Antes de comemorar a queda da inflação, é preciso observar as razões para esse resultado. Enquanto os combustíveis registraram uma redução de 15,33% na comparação com o mês anterior, seis dos nove grupos pesquisados pelo IBGE ainda registraram alta, entre eles alimentação dentro e fora de casa, plano de saúde, gás encanado e saneamento. A redução dos preços dos combustíveis está relacionada não só ao mercado internacional, mas também ao corte do ICMS definido pelo governo federal. 

Mesmo assim, a trégua na inflação ajuda a fortalecer a percepção dos analistas de mercado de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, não deve promover novas elevações da Selic, e pode até começar a reduzir a taxa básica de juros a partir de 2023. 

Quer saber como proteger seu patrimônio da inflação? Confira aqui no Bora Investir!

Com informações de Estadão Conteúdo