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Juros rotativos e parcelamento sem juros: “talvez não fazer nada não seja uma opção”, afirma Campos Neto

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou discussão atual sobre o tema em evento promovido pelo Bora Investir e pelo Estadão

Cartão de crédito. Foto: Pixabay
Segundo pesquisa recente do PEIC, 86,6% das famílias com dívidas tinham problemas com cartão de crédito. Foto: Pixabay

Durante evento promovido pelo Bora Investir e pelo Estadão nesta segunda-feira, 23/10, Roberto Campos Neto comentou também as discussões sobre mudanças no parcelamento de compras sem juros no cartão de crédito.

“É uma função importante para o lojista, mas o parcelamento sem juros cresceu demais. 15% de todo o crédito que existe é parcelado sem juros”, afirmou.

Segundo ele, esse cenário acabou por fazer crescer a inadimplência, que por sua vez fez aumentar os juros do rotativo do cartão de crédito, em uma bola de neve. “A gente achava que era importante organizar, talvez, não fazer nada não seja uma opção”, disse Campos Neto.

Neste momento, afirmou, o Banco Central tenta encontrar uma solução em conjunto com o varejo e a indústria financeira, para que as pessoas continuem com a opção de parcelamento sem juros, mas de uma forma que não impacte o mercado de crédito.

“O parcelamento sem juros cresceu demais, enquanto o CDC [crédito direto ao consumidor] não cresceu tanto. Isso quer dizer que o parcelamento tem efeito em outras linhas de crédito, onde poderia haver o parcelamento, mas com juros mais baixos”, disse. “O cartão de crédito virou um veículo de financiamento, o que não era o intuito”, completou.

Confira o evento completo que teve presença de Campos Neto e Gilson Finkelsztain:

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