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Mercado financeiro hoje: à espera de novos dados e atualizações sobre conflito em Gaza, cautela predomina

Investidores aguardam balanços, dados da economia norte-americana e novidades sobre o conflito entre Israel e Hamas

As atenções nos mercados ficam hoje em dados de vendas no varejo e de produção industrial nos Estados Unidos em setembro, bem como em comentários de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que votam nas reuniões de política monetária neste ano.

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Os mercados locais vão monitorar também o IGP-10 de outubro, índice que mede a inflação no atacado e no varejo, e o volume de serviços em agosto no País. No início da tarde, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, participa de evento da Moody´s. Após o fechamento da B3, a Vale divulga seu relatório de produção.

Guerra, juros nos EUA e PIB da China

Os investidores operam com cautela moderada, com petróleo em ligeira alta, bolsas sem direção única e ganho persistente dos rendimentos de Treasuries e do dólar. Os investidores ajustam posições após um dia de apetite por risco em Nova York ontem, já que a invasão por terra de forças israelenses em Gaza não se concretizou até o momento. Amanhã (18/10), o presidente dos EUA, Joe Biden, visitará Israel e Jordânia, numa tentativa de evitar uma escalada do conflito na região.

No radar ficam ainda os balanços de bancos e indicadores americanos, e os sinais de política monetária pelos dirigentes do Fed. Os juros dos Treasuries subiram ontem, mas a taxa longa teve ganho maior. Segundo analistas, isso acontece porque “a incerteza persiste, devido a receios de inflação mais rígida nos EUA e ao aumento dos níveis de dívida do país”, o que sustenta o discurso de uma possível nova alta na taxa de juros do EUA neste ano, embora a chance majoritária seja de manutenção por longo período.

Expectativas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) da China no terceiro trimestre, e de dados mensais de varejo e indústria podem influenciar os preços de commodities, adicionando volatilidade aos negócios. Em 2023, a meta de crescimento da segunda maior economia do mundo é de cerca de 5%.

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No Brasil, atenção ao petróleo e minério

Os juros futuros e o dólar podem ter oscilações estreitas nesta manhã em meio à subida moderada dos retornos dos Treasuries e da moeda americana. O petróleo ensaia uma recuperação, depois de recuar mais de 1% ontem, e o minério de ferro volta a subir cerca de 2% em Dalian, na China, o que pode ajudar o Ibovespa e as ações da Vale e Petrobras. Um avanço esperado no volume de serviços prestado em agosto no País também poderá repercutir na bolsa. Por volta das 7h15, o EWZ, principal fundo de índice do Brasil em Nova York, tinha alta de 0,26%.

O investidor acompanhará também o andamento do projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore) na Câmara. O relator do PL, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), deve se reunir hoje com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes de encontro com líderes, para discutir a proposta – um dos pilares do pacote de medidas arrecadatórias da equipe econômica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou ontem que a pauta econômica é a prioridade do governo no Congresso. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo espera a apresentação do texto da reforma tributária pelo relator para que possam discutir pontos importantes do projeto, como o tamanho do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR).

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