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Mercado passa a projetar inflação abaixo do teto da meta em 2025, mostra Focus

As projeções para o IPCA em 2026 e 2027 foram mantidas em 4,20% e 3,80%, respectivamente

Com ISTOÉ Dinheiro

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Os economistas do mercado financeiro passaram a projetar que a inflação fechará 2025 abaixo do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). A expectativa passou de 4,55% para 4,46%, segundo mostrou pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, 17.

A meta para a inflação é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

A revisão da projeção para 2025 ocorre a divulgação do IPCA de outubro, que ficou em apenas 0,09%, a menor taxa para o mês em 27 anos. Em 12 meses, a inflação oficial passou a acumular alta de 4,68%.

Já as projeções do mercado financeiro para o IPCA em 2026 e 2027 foram mantidas em 4,20% e 3,80%, respectivamente.

Selic e PIB

Foram mantidas ainda as projeções para a taxa básica de juros Selic para este ano e o próximo — em 15% e 12,25% respectivamente — após, na semana passada, na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na qual decidiu-se manter a Selic em 15%, o colegiado ter dito que já tem maior convicção de que uma manutenção da taxa Selic em 15% ao ano por período bastante prolongado levará ao cumprimento da meta de 3%.

As expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto também ficam inalteradas: 2,16% em 2025 e 1,78% para 2026.

Dólar

Para o câmbio, a projeção para o final de 2025 foi reduzida para R$ 5,40, de R$ 5,41 anteriormente. Para o final de 2026 e 2027, ficou inalterada a expectativa de cotação a R$ 5,50.

Repercussão

Apesar da boa notícia em relação à inflação em 2025, para o economista André Perfeito diz que ainda é temerário considerar uma melhora generalizada das expectativas, uma vez que não houve revisões adicionais para horizontes mais longos. “Nos parece que o BCB deverá de fato manter o tom cauteloso e iniciar o afrouxamento monetário apenas na segunda reunião de 2026 na perspectiva de conseguir construir um “buffer” para enfrentar a eleição do ano que vem”, avaliou.

*Matéria originalmente publicada em IstoÉ Dinheiro, portal parceiro de B3 Bora Investir

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