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Mercado tem dia instável com ataques em Brasília, mas fecha no azul

No exterior, o cenário foi positivo diante das perspectivas em relação à reabertura da China

A Bolsa do Brasil (B3) teve uma segunda-feira, 09/01, de volatilidade diante da repercussão dos atos antidemocráticos ontem em Brasília. Apesar dos episódios terem sido avaliados de forma negativa pelos investidores, não há receios de impactos na economia brasileira. A resposta rápida do governo brasileiro também ajudou a aliviar as preocupações.

No exterior, o otimismo dos mercados em relação a reabertura das fronteiras na China ajudou a levar a bolsa para o positivo. Apesar do alto número de casos de covid-19 no país asiático, o governo tem indicado uma flexibilização de sua política “Covid Zero”. No fim de semana, Pequim afirmou que as fronteiras serão abertas depois três anos. A medida deve impulsionar as viagens domésticas – durante o Ano-Novo Lunar, que começa em duas semanas.

 O Ibovespa encerrou em alta de 0,15% aos 109.129 pontos. Os maiores avanços foram das empresas ligadas a economia local. As ações ordinárias das lojas Americanas (AMER3) subiram 6,34% e da CVC Turismo (CVCB3) alta de 4,98%. Os papeis preferenciais da companhia aérea GOL (GOLL4) avançaram 3,94%.

 Já as ações das empresas de commodity tiveram leve queda. Os papéis ordinários da Vale (VALE3) caíram 0,12% e as preferenciais da Petrobras (PETR4) baixa de 0,04%. No mercado de câmbio, o dólar comercial – que operou com alta forte durante toda a manhã – fechou com leve avanço de 0,41%, cotado a R$ 5,25.

Novos desdobramentos

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou no fim da tarde de hoje que o governo identificou em dez estados financiadores dos atos antidemocráticos promovidos por radicais em Brasília. Dino disse ainda que o país “caminha para absoluta normalização institucional com muita velocidade”, com a detenção de aproximadamente 1.500 envolvidos nos atos.            

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne ainda hoje com os governadores.