Mercado

Com alta de 0,68%, Ibovespa bate novo recorde e fecha em 131 mil pontos; dólar cai a R$ 4,90

Juros futuros de curto e médio prazo impulsionaram índice em dia de novo recorde

Ibovespa
O Ibovespa é o principal índice de ações da B3, a Bolsa de Valores do Brasil

A bolsa de valores hoje fechou em alta, no patamar dos 131 mil pontos, maior nível para um fechamento em toda a história. Enquanto isso, o dólar desvalorizou na comparação com o real e se manteve estável perante outras moedas globais de destaque.

Nesta segunda-feira (18), o mercado repercutiu nova projeção do boletim Focus  para o IPCA, além da agenda política, que está em fase de aceleração de decisões por causa do recesso de fim de ano. Além disso, há divulgação da ata do Copom, na terça.

Vale destacar também o comportamento dos juros futuros de curto e médio prazos aumentou o bom humor com relação aos ativos de risco.

Novo recorde do Ibovespa

Dessa maneira, o Ibovespa fechou em alta de 0,68%, a 131.083,82 pontos, o maior patamar nominal da história. Ou seja, o IBOV nunca havia atingido essa quantidade de pontos. Com isso, o principal índice da bolsa supera o fechamento da última quinta, quando subiu a 130.842 no final do pregão.

Naquele dia, a máxima intradiária da bolsa também havia sido batida, com o Ibovespa avançando a 131.259 pontos. O recorde dentro das negociações diárias também foi superado nesta segunda, com o IBOV alcançando 131.447,26 pontos na máxima.

Na sexta, o principal índice da bolsa terminou a sessão em queda de 0,49% a 130.197,10. Ainda assim, a bolsa avançou 2,44% na semana. No ano, a alta agora é de 19,46%.

Com o avanço da bolsa neste rali fim de ano, os bancos de investimento reveem suas perspectivas para a bolsa em 2024. O Itaú BBA prevê um Ibovespa em 150 mil pontos no ano que vem, enquanto o Santander acredita que o índice possa chegar a 160 mil pontos.

Dólar hoje

Por outro lado, o dólar fechou em queda em relação ao real depois de iniciar o dia em alta. A moeda norte-americana desceu 0,66%, cotada a R$ 4,9048.

No cenário internacional, a divisa dos EUA também fechou perto da estabilidade. O DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas importantes, subiu 0,01%, a 102,56 pontos.

Ações em alta

Veja as cinco ações com as maiores altas do pregão.

  • Azevedo e Travassos (AZEV4) +7,04%
  • Alpargatas (ALPA4) +6,36%
  • Americanas (AMER3) +5,56%
  • HBR (HBRE3) +5,53%
  • Banco Pine (PINE4) +5,15%

Ações em baixa

Conheça também as cinco ações com as maiores quedas na bolsa de valores hoje.

  • Plano e Plano (PLPL3) -8,24%
  • Eternit (ETER3) -4,43%
  • Lojas Marisa (AMAR3) -4,16%
  • Alliar (AALR3) -4,11%
  • Klabin (KLBN4) -3,21%

Os rankings contêm ações que compõem ou não o Ibovespa e outros índices e movimentaram mais de R$ 1 milhão na sessão. As cotações foram apuradas às 18h07, mas podem ter atualizações.

Bolsas mundiais

As bolsas de Nova York fecharam em viés de alta hoje, à medida que investidores insistem na projeção por cortes agressivos de juros nos Estados Unidos em 2024, apesar do renovado esforço de dirigentes do Federal Reserve  (Fed) para tentar conter a precificação do mercado.

O índice Dow Jones  encerrou a sessão praticamente estável, em 37.306,02 pontos, limitado depois de ter fechado em máxima histórica nas últimas sessões; o S&P 500 ganhou 0,45%, a 4.740,56 pontos; e o Nasdaq se valorizou 0,61%, a 14.904,81 pontos.

Entre os índices europeus, o FTSE 100 se destacou com a Bolsa de Londres fechando no azul, enquanto as de França, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal tiveram perdas. 

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,50% a 7.614,48 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,60%, a 16.650,55 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,37%, a 7.568,86 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,44%, a 30.241,02 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,40%, a 10.054,90 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,66%, a 6.384,49 pontos.

As cotações são definitivas.

Decisões no Congresso mexem com a bolsa de valores hoje

Nesta segunda-feira houve a divulgação do boletim Focus, com mais um corte de projeção para o IPCA de 2023, que deve descer a 4,49%. O penúltimo relatório do ano estima a taxa Selic  a 8,50% ao fim do atual ciclo de cortes.

O mercado também deve viver a expectativa em torno da divulgação, amanhã, da ata do Copom. O documento pode apresentar mais detalhes sobre a condução da política monetária no país.

Além disso, no âmbito local, os investidores se preocupam com as votações da LDO e da LOA, que estão previstas para os dias 19 e 20 de dezembro. Além disso, o Senado votará a MP da subvenção do ICMS na terça-feira.

Nesse sentido, haverá também a promulgação da reforma tributária, marcada para quarta, dia 20. O texto foi aprovado na última sexta-feira na Câmara. Algumas alíquotas ainda precisam ser especificadas.

Do mesmo modo, está na agenda também a votação do texto que regulamenta as apostas esportivas na Câmara.

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