Mercado

Ibovespa fecha em alta depois de oscilar com Petrobras; dólar vai a R$ 4,85

Possibilidade de apreciação da reforma tributária pela Câmara e dados econômicos da Ásia, Europa e EUA movimentaram mercado hoje

Ibovespa
O Ibovespa é o principal índice de ações da B3, a Bolsa de Valores do Brasil

O principal índice de ações da bolsa rondou a estabilidade em boa parte do pregão desta quarta-feira (5), mas fechou em alta. Enquanto isso, o dólar engatou alta moderada.

Ibovespa subiu 0,18%, a 119.293 pontos depois de ter batido máxima de 120.199 pontos. O índice foi afetado pela queda das ações da Petrobras no início do dia e uma discreta recuperação pela tarde. No final, as ações fecharam no vermelho, com queda de 0,20% (PETR3) e 0,13% (PETR4).

O dólar avançou 0,41%, a R$ 4,8503, pressionando pelos temores de recessão no cenário global após dados econômicos mais fracos que o esperado em grandes economias.

O mercado também avaliou a ata do Fed, divulgada nesta quarta-feira. O texto destacou que uma possível persistência da inflação pode causar uma retomada das altas dos juros nas próximas reuniões do banco central dos Estados Unidos.

Já no cenário interno, as atenções estão voltadas para as movimentações relacionadas à reforma tributária, que pode ser votada na Câmara nesta quinta-feira.

Reforma tributária

O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que os líderes partidários consideram adiantar a votação da reforma tributária para antes do fim dessa semana, por entender que a interrupção na pauta ocasionada por projetos com urgência constitucional não tem efeito sobre PECs.

“Governadores ainda apontam discordâncias com a proposta do governo, alegando que falta clareza principalmente na governança do Conselho Federativo, a ser criado para gerir parte dos impostos”, diz relatório da Terra Investimentos desta quarta.

Arcabouço fiscal

Sobre o arcabouço fiscal, Cláudio Cajado, deputado e relator do texto na Câmara, diz que os deputados podem manter as exceções à regra fiscal que foram aprovadas pelo Senado, mas defendeu seu relatório alegando que as modificações realizadas na Casa vizinha não têm amparo técnico e são decisões políticas.

“A Consultoria de Orçamento da Câmara estima que as novas exceções feitas pelos senadores somam R$ 73 bilhões fora da trava de despesas”, destacou a Terra.

Exterior

No cenário internacional, o mercado norte-americano reabre nesta terça-feira, depois da suspensão na terça-feira por conta do feriado da Independência. O dia será marcado pela apresentação da ata da reunião do Fed.

Além disso, os investidores repercutem os PMIs da China, Japão e Europa, além de indicadores da produção industrial nos Estados Unidos.

Na China e no Japão, o setor de serviços está expandindo em ritmo mais fraco que o esperado. Enquanto, na Europa, o cenário é de retração.

Bolsas no exterior

Com isso, pesam os renovados temores de uma recessão mundial. Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em queda. O Dow Jones recuou 0,38%, a 34.288,64 pontos. O S&P 500 caiu 0,20%, a 4.446,82. E o Nasdaq, perdeu 0,3%, a 15.203,78 pontos.

As bolsas da Europa também fecharam em baixa. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,79%, a 457,66 pontos. O FTSE 100, em Londres, teve a maior queda entre as principais bolsas, caindo 1,03%, a 7.442,10 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 0,80%, a 7.310,81 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,63%, a 15.937,58 pontos. O FTSE MIB caiu 0,59%, a 28.220,18 pontos, em Milão. Em Madri, o Ibex 35 teve queda de 1,16%, a 9.477,40 pontos. Já em Lisboa o PSI 20 caiu 0,16%, a 5.956,83 pontos.