Ibovespa fecha em baixa à medida que PEC da Transição avança no Congresso
O jogo do Brasil na Copa do Catar reduziu o volume de negócios. Ibovespa encerrou em queda de 2,25% aos 109.401 pontos. O dólar comercial subiu 1,28%, a R$ 5,28
A Bolsa do Brasil (B3) começou a semana em forte queda com os investidores monitorando a PEC da Transição e com a expectativa pela decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, 07/12. No exterior, apesar da disposição da China de flexibilizar as normas para testes de Covid-19 nas principais cidades do país, as ações das empresas ligadas às commodities fecharam no negativo.
A sessão teve liquidez comprometida por conta do jogo da Seleção brasileira contra a Coreia do Sul, pelas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar.
O Ibovespa fechou a segunda-feira, 05/12, em baixa de 2,25%, aos 109.401 pontos. Na mínima, ficou em 109.902 pontos. O índice foi puxado pelos papéis ordinários da Vale (VALE3) que caíram 0,09%; seguido das preferenciais da Petrobras (PETR4) em baixa de 1,12%. Com as incertezas fiscais podendo impactar os juros, os papéis ligados à economia local voltam para o negativo. As ações ordinárias da Positivo (POSI3) cederam 10,18% e, Qualicorp (QUAL3) menos 9,74%.
O dólar comercial fechou em alta firme ante o real, mais 1,28%, a R$ 5,28. A moeda americana avançou diante do salto dos rendimentos dos Treasuries – títulos do Tesouro americano, além de dados mais fortes do mercado de trabalho e do setor de serviços do país.
PEC da Transição
A semana começou com novas incertezas diante do cenário fiscal brasileiro. O Senado incluiu a Pec da Transição na pauta da próxima quarta-feira. Amanhã, a proposta deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça, segundo o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP). A proposta prevê gastos extras de R$ 198 bilhões em 2023 fora do teto de gastos para pagar o Bolsa Família.
Copom
O Copom se reúne na quarta-feira para definir o valor da nova taxa básica de juros (Selic) que está em 13,75% ao ano. As incertezas fiscais colocam pressão sobre o colegiado. No entanto, analistas avaliam que a Selic deve ser mantida, mais uma vez, nesse patamar.