Ibovespa fecha em forte queda puxado por Vale e Petrobras; dólar sobe
Investidores esperam as decisões de juros no Brasil e Estados Unidos, que serão anunciadas amanhã
A volta do feriado foi marcada pela expectativa por decisões de juros no mercado financeiro e queda nos papéis ligados a commodities. Investidores aguardam os anúncios da Super Quarta, quando as reuniões dos comitês de política monetária dos BCs brasileiro e norte-americano terminam.
O Ibovespa caiu 2,4%, para 101.927 pontos. Já o dólar teve apreciação de 1,18% ante o real, e fechou o dia negociado a R$ 5,0462. O real apresentou o pior desempenho em uma lista de 33 moedas acompanhadas pelo Valor Econômico.
Dólar: entenda por que ele sobe e desce e como afeta os brasileiros
Vale recuou 3,9%, dando continuidade às perdas recentes do papel, causadas por consecutivos recuos no preço do minério de ferro em razão da recuperação menos firme do que se esperava da China, especialmente no que diz respeito ao setor de construção. Outros papéis ligados às commodities metálicas, como CSN (-1,9%), Usiminas (-1,3%) e Gerdau (-3,5%) também fecharam em forte queda.
Petrobras PN (-3,4%) e Petrobras ON (-3,9%) também tiveram perdas expressivas, acompanhando a baixa de 5,03% do petróleo Brent em Londres. Os preços dos contratos futuros se deterioraram junto com outros ativos em Nova York, após investidores renovarem seus temores acerca da saúde do setor bancário americano e da atividade econômica dos EUA.
Para a reunião do Fomc amanhã, os especialistas esperam manutenção da taxa Selic e aumento nos juros básicos dos Estados Unidos. A IF consultou 13 casas de análise para saber o que esperar dos BCs no dia 3 de maio; confira aqui.
Por aqui, um levantamento do Valor Econômico com 112 instituições financeiras e consultorias mostrou que grande parte do mercado espera corte na Selic somente em setembro.
Na agenda local, a divulgação mais importante foi a do boletim Focus , que mostrou nova alta na estimativa de inflação em 2023. Desta vez, a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 6,04% para 6,05%. As estimativas para 2024 e 2025 ficaram estáveis novamente.
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