Mercado

Ibovespa reverte perdas e sobe 0,21% pré-Copom; dólar avança para R$ 5,09

Índice ficou em 129.480,89 pontos com influência positiva das ações da Petrobras

Gráfico de colunas com seta na ascendência. Foto: Pixabay
Índice fechou em alta de 0,21% nesta quarta-feira (08). Foto: Pixabay

O Ibovespa fechou em alta de 0,21%, aos 129.480,89 pontos nesta quarta-feira (08/05), enquanto o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre o futuro da taxa Selic. O principal índice do mercado brasileiro tem influência positiva das ações da Petrobras, que sobem 1,50%.

Por outro lado, o dólar começou a subir contra o real novamente no pregão. A moeda norte-americana avançou para R$ 5,0908, alta de 0,47% no pregão. A alta da moeda vai na mesma direção da bolsa de valores, com uma visão mais otimista sobre ativos locais.

Ibovespa

O Ibovespa abriu em queda no início do pregão. À medida em que o dia se aproximou do fim, às vésperas da decisão do Copom sobre a taxa de juros, o índice deu a volta por cima e engatou uma alta para se manter acima dos 129 mil pontos.

A estimativa que prevalece entre economistas e analistas é de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. “Vale lembrar que, com a sequência de baixas na Selic, a estratégia por é estimular tanto economia quanto investimentos”, diz André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

“Com juros mais baixos, consumidores podem se sentir incentivados a tomar crédito para a compra de bens semi-duráveis. As empresas, por sua vez, podem expandir ou tomar crédito para seus próprios investimentos”, diz Rocha.

Analistas destacam que a Petrobras deu fôlego para a virada do Ibovespa. No exterior, os preços do contrato futuro do barril de petróleo Brent subiram 0,72%, o que ajudou as ações da petroleira estatal.

Na bolsa, o papel ordinário da Petrobras (PETR3) avançaram 1,06%, enquanto a ação PN (PETR4) obteve ganhos de 1,53%.

Por outro lado, a queda do minério de ferro no mercado internacional fez pressão contra as ações da Vale. O papel da mineradora caiu 0,91% no Ibovespa.

Mas o destaque do pregão foi a BRF (BRFS3). As ações do frigorífico aviário, controlado pela Marfrig (MRFG3), subiram 11,17% após a companhia aprovar um programa de recompra de ações. A ação também teve recomendação atualizada pelo Bank of America, de venda para neutra.

Mas, na verdade, a ação com maior alta na bolsa de valores foi a da Marfrig (MRFG3), de 11,18%.

Dólar hoje avança no pré-Copom

Por outro lado, o dólar se valorizou contra o real brasileiro, às vésperas do Copom. A moeda norte-americana avançou para R$ 5,0908, alta de 0,47% no pregão.

Com a perspectiva de cortes de juros, Rocha, da Manchester, cita que há uma pressão sobre o real porque o investidor tende a retirar o dinheiro de contratos atrelados aos juros brasileiros.

“Uma possível consequência de novos cortes da Selic é a desvalorização do real contra outras moedas estrangeiras. Isso ocorre porque taxas de juros menores levam a retornos menos atrativos”, comenta.

No exterior, o dólar ganhou força contra pares internacionais, como o iene e o euro. Assim, o índice DXY, que compara a moeda dos EUA a uma cesta de moedas importantes, fechou em alta de 0,12%, a 105,54 pontos.

Ações em alta

Considerando todas as ações presentes na B3, o melhor desempenho do dia na bolsa de valores ficou com a ação da Marfrig (MRFG3). O ativo do frigorífico subiu 11,18%, alta ainda maior que a de BRF (BRFS3).

Confira a seguir as cinco principais altas da bolsa de valores, considerando apenas ações que fizeram parte de mais de mil negociações de compra e venda.

  • Marfrig ON (MRFG3): +11,18%
  • BRF S.A (BRFS3): +11,17%
  • Lojas Quero-Quero ON (LJQQ3): +10,55%
  • D1000 Farma ON (DMVF3): +6,35%
  • Lojas Renner ON (LREN3): +5,78%

Ações em queda

A Oncoclínicas (ONCO3) obteve o menor desempenho da bolsa de valores. As ações caíram quase 16% na bolsa de valores.

Veja abaixo as cinco principais quedas da bolsa de valores. O ranking obedece ao mesmo critério da lista de maiores ações.

  • Oncoclínicas ON (ONCO3): -15,93%
  • Oi BR ON (OIBR3): -9,33%
  • Petz ON (PETZ3): -6,02%
  • Pão de Açúcar ON (PCAR3): -5,88%
  • Telefônica Brasil ON (VIVT3): -5,63%

Bolsas de valores de Nova York

As bolsas de Nova York encerraram o pregão sem direção única, mantendo-se assim desde o começo da tarde. Após comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed) que pouco revelaram sobre o futuro da política monetária nos Estados Unidos, os mercados ficaram sem direcionadores para firmar um movimento.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,44%, a 39.056,39 pontos, e estendeu sua maior sequência positiva de 2024 para seis pregões. Já o S&P 500 fechou estável, aos 5.187,67 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,18%, a 16.302,76 pontos.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a sessão em alta firme, em meio a mais uma leva de resultados trimestrais de companhias da região que agradaram o mercado, ao mesmo tempo em que reagiam ao corte nos juros feito pelo banco central da Suécia. A decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), que saiam amanhã, também esteve no radar dos investidores.

O índice Stoxx 600 subiu 0,33%, a 515,72 pontos, com o setor de alimentos e bebidas liderando os ganhos ao subir 1,7%. O DAX, de Frankfurt, avançou 0,37%, a 18.498,38 pontos, o CAC 40, de Paris, anotou ganho de 0,69%, para 8.131,41 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, escalou 0,49%, para 8.354,05 pontos.

*Com informações Agência Estado.

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