Mercado

Ibovespa volta a fechar em baixa com noticiário político no radar

Bolsa do Brasil (B3) encerrou a terça-feira em queda de 0,65% aos 109.036 pontos. O dólar comercial subiu 1,24%, a R$ 5,37

Painel Bolsa (B3)
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) encerraram em baixa de 0,77%, a R$ 23,38.

O mercado financeiro encerrou a terça-feira, 22/11, em baixa com diversos fatores políticos no radar. A Bolsa do Brasil (B3), que operou em queda durante todo o pregão, foi puxada pelas ações da Petrobras, após o senador Jean Paul Prates (PT-RN) pedir que a estatal suspenda qualquer venda de ativo até a mudança de governo. Prates integra o grupo de Minas e Energia da transição. O Ibovespa elevou ainda mais as perdas no fim da tarde, após à notícia de que o PL, partido do atual presidente Jair Bolsonaro, entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a anulação de votos feitos em modelos antigos de urnas eletrônicas. O partido alegou que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento”.

A Bolsa do Brasil fechou em queda de 0,65%, aos 109.036 pontos. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) encerraram em baixa de 0,77%, a R$ 23,38. As ordinárias (PETR3) ficaram estáveis, a R$ 27,06.

Nem mesmo a alta do petróleo no mercado internacional conseguiu mudar o sinal dos papéis da companhia. Os preços dos contratos do Brent, a referência global, para janeiro avançaram, 1,04%, a US$ 88,36 o barril. Enquanto os preços dos contratos para o mesmo mês do WTI, a referência americana, subiram 1,14%, a US$ 80,95 o barril. O resultado veio após o ministro do petróleo saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, negar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) planeja um aumento em sua produção.

No câmbio, o dólar comercial fechou em alta firme de 1,24%, negociado a R$ 5,37. Na máxima do dia chegou a R$ 5,39. O movimento destoou do exterior, onde a moeda americana encerrou em baixa.

Resposta do TSE

No fim da tarde desta terça-feira, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que as urnas eletrônicas às quais o PL atribuiu um suposto “mau funcionamento” foram utilizadas tanto no primeiro quanto no segundo turno das eleições. Ele deu um prazo de 24 horas para que a coligação do presidente Jair Bolsonaro apresente um relatório completo sobre as eleições.            

Em seu despacho, Moraes afirmou que as urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram “utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022”. “Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. Publique-se com urgência”, diz o documento.