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Mercado financeiro: Ata do Copom é destaque da agenda na semana

Ata da reunião do Copom de maio, que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, será divulgada ao mercado amanhã. Boletim Focus norteia o dia

Entre os destaques da agenda da semana, a ata da reunião do Copom de maio, que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, será divulgada ao mercado amanhã. A maioria dos economistas acredita em início de corte do juro básico apenas em agosto ou setembro depois do comunicado da última semana.

Índices de inflação, como o IPCA no Brasil e os CPIs nos EUA, Alemanha e China, além de confiança do consumidor americano e balanços dos bancos First Citizens Bank, ING e Société Généralle, devem nortear ainda as expectativas sobre a atividade econômica e os próximos passos dos BCs.

Nesse contexto, discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco central americano) e do Banco Central Europeu (BCE) serão monitorados de perto.

O Banco da Inglaterra (BoE) divulgará decisão de juros, após o Fed e o BCE apertarem as taxas na semana passada, e a Opep publica relatório mensal de petróleo. Também está previsto o encontro de ministros das Finanças e banqueiros centrais do G7, com participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Japão.

No exterior

As bolsas de Nova York subiram com vigor na sexta-feira, 05/05, recuperando-se parcialmente de perdas acumuladas nos quatro dias anteriores. O rali decorreu de um alívio em preocupações com o setor bancário dos EUA e em reação a números melhores do que o esperado do mercado de trabalho americano. O último balanço da Apple também incentivou o movimento.

O PacWest Bancorp, um dos bancos regionais dos EUA mais castigados pela recente turbulência no setor bancário do país, afirmou no fim da sexta-feira que irá reduzir seu dividendo. A Fitch colocou o rating do banco sob observação negativa, indicando alta probabilidade de uma ação de rebaixamento no curto prazo.

Os novos dados sobre a inflação ao consumidor (CPI) e ao produtos (PPI) que saem nos próximos dias serão cruciais para a definição da trajetória dos juros americanos.

No Brasil

As bolsas internacionais podem amenizar uma provável pressão negativa sobre o Ibovespa, em meio a ruídos decorrentes da ofensiva do governo contra a privatização da Eletrobras.

O índice de ações brasileiro deve repercutir também o lucro líquido do Itaú Unibanco e do BTG Pactual.

Os investidores podem ficar na retaguarda ainda em meio à ofensiva do governo contra o Banco Central. No sábado, o presidente Lula voltou a criticar a manutenção da taxa Selic pelo Banco Central (BC) em 13,75% ao ano e afirmou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, “não tem compromisso com o País e com a economia, mas tem compromisso com o outro governo, que o indicou, com aqueles que gostam de taxa de juros alta.”

*Com informações da Agência Estado

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