Mercado financeiro hoje: alívio com crise bancária e expectativa de antecipação do arcabouço fiscal no foco
A agenda local da semana traz como destaques a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada nesta terça-feira, 28
Com o adiamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China por causa de uma pneumonia, as atenções se voltam para a possível antecipação dos anúncios do arcabouço fiscal e dos nomes dos novos diretores do Banco Central.
A agenda local da semana traz como destaques a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada nesta terça-feira, 28. Hoje foi divulgado às 8h25 o Boletim Focus e a nota do setor externo (8h30).
Na quarta-feira tem a nota de crédito do BC; relatório mensal da dívida de fevereiro; e balanço da Americanas. Na quinta-feira são esperados o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), com coletiva com o presidente do BC, Roberto Campos Neto; IGP-M de março; produção industrial de janeiro; resultado do Governo Central de fevereiro. A sexta-feira traz setor público consolidado de fevereiro; taxa de desemprego da Pnad Contínua.
No exterior, a dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel participa de evento na Universidade de Columbia, em Nova York (12h); e são esperados ainda discursos do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey (14h) e do membro do conselho do Fed, Philip Jefferson (18h).
Amanhã, destaque para o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde.
Na quarta-feira tem o índice GFK de confiança do consumidor da Alemanha e vendas pendentes de imóveis nos EUA.
Na quinta-feira saem os índices de confiança do consumidor e de sentimento econômico da zona do euro; CPI da Alemanha; PIB dos EUA do 4º trimestre.
Na sexta-feira, tem o CPI da zona do euro; PIB do Reino Unido do 4º trimestre; vendas no varejo da Alemanha; gastos com consumo dos EUA.
No exterior
O mercado americano está otimista após o First Citizens Bank, um dos maiores bancos regionais dos EUA, fechar acordo para comprar o Silicon Valley Bank (SVB), mais de duas semanas após a quebra do SVB abalar o setor bancário e derrubar os mercados financeiros globais.
O temor de recessão, no entanto, ainda não desapareceu. O presidente da distrital do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou ontem que a turbulência bancária dos Estados Unidos aproxima o país de uma recessão e disse que é preciso “trabalhar menos com os Fed Funds para equilibrar a economia”.
Na Europa, além do alívio nos temores com o setor bancário, dados positivos de confiança do setor empresarial alemão também ajudam. O índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha subiu inesperadamente, atingindo o maior nível desde maio do ano passado, apesar da turbulência bancária.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira. O índice Hang Seng caiu 1,75% em Hong Kong, enquanto o japonês Nikkei avançou 0,33% em Tóquio. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi recuou 0,24% em Seul, e o Taiex registrou baixa de 0,53% em Taiwan. Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,44%. Na Oceania, o S&P/ASX 200 avançou 0,10% em Sydney.
No Brasil
O bom humor no exterior deve dar fôlego ao Ibovespa, em meio ainda à expectativa de que o anúncio do arcabouço fiscal seja adiantado já que Lula não foi à China e nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na sexta-feira, Haddad disse que as respostas às dúvidas pontuadas por Lula sobre o arcabouço já foram providenciadas e que agora basta apresentá-las a ele, mas que cabe ao presidente decidir qual o melhor momento para tornar o documento público. Após a divulgação, o arcabouço precisa ser discutido e aprovado pelo Congresso Nacional.
*Com informações da Agência Estado