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Mercado financeiro hoje: ata do Copom e evento com presidente do BC são os destaques

Enquanto Roberto Campos Neto, estará em Miami, o presidente do Federal Reserve discursa em outro evento em Washington

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Mercado espera que a taxa Selic seja mantida pelo Copom. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A agenda desta terça-feira, 7/2, traz a divulgação da ata da reunião do Copom da semana passada e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa do evento em Miami. A FGV publica o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, o IGP-DI, de janeiro e o Itaú Unibanco divulga o balanço de 2022 depois do fechamento dos mercados.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, participa de evento em Washington, e é o destaque da agenda internacional. 

Bolsas na Europa e Austrália

As bolsas na Europa operam sem força nesta manhã, tendo de um lado a queda maior do que o esperado da produção industrial da Alemanha em dezembro, de 3,1% ante previsão de -0,6%, e de outro, o ganho recorde da BP no quarto trimestre. 

Além disso, o BNP Paribas, maior banco da zona do euro em capitalização de mercado, registrou receita abaixo das expectativas no quarto trimestre, mas anunciou planos de lançar recompras de ações no valor de 5 bilhões de euros em 2023, o que foi bem recebido pelo mercado. 

Na Austrália, o banco central do país (RBA, pela sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 3,35%, citando a persistência de pressões inflacionárias e maiores chances de um grande reajuste nos salários. 

Ibovespa e Banco Central

Apesar da alta de mais de 2% do petróleo, a falta de fôlego dos futuros de Nova York pode limitar uma melhora do Ibovespa, pelo menos até o discurso de Powell. As taxas serão ainda influenciadas pela ata do Copom. Economistas esperam que o documento reitere a preocupação com a incerteza fiscal no País. 

Campos Neto fica no foco em dia de ata e em meio aos ruídos envolvendo o presidente do BC e o governo Lula. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem à noite que o BC “poderia ter sido mais generoso” com o governo no comunicado do Copom que sinalizou incertezas fiscais. 

+ Independência do Banco Central: por que isso importa?

Ontem, a Bolsa do Brasil (B3) fechou próxima da estabilidade — 0,18%, aos 108.721 pontos. O desânimo dos investidores seguiu novo Boletim Focus, que projetou alta da inflação, de 5,74% para 5,78% – oitava alta consecutiva do indicador.

Após alguns dias desvalorizado, o petróleo voltou a registrar alta após sanções de países ocidentais contra exportações russas da commodity e a persistência do otimismo quanto à reabertura econômica chinesa. WTI (março) em + 0,98%, cotado a US$ 74,11 e Brent (abril) em +1,31%, a US$ 80,99.

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*Com informações da Agência Estado