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Mercado financeiro hoje e Morning Call Safra: IPCA-15 e Lula no foco; cenário de cautela no exterior

Entre os indicadores nos Estados Unidos está previsto para o dia o de encomendas de bens duráveis e o PMI composto, industrial e de serviços preliminar

Números sendo mostrados em uma tela
Bolsa de valores. Foto: Adobe Stock

Em meio a apostas em desaceleração da inflação interna, o IPCA-15 de março é o destaque da agenda nacional, às 9h. Os investidores também acompanham os desdobramentos da reunião presidencial com ministros, às 10h30.

Entre os indicadores nos Estados Unidos está previsto para o dia o sobre encomendas de bens duráveis em fevereiro (9h30) e o PMI composto, industrial e de serviços preliminar de março (10h45). O presidente do Fed em St. Louis, James Bullard, discursa em evento (10h30), sob desconfiança de investidores de contágio do sistema bancário e com a possibilidade do aperto monetário do Fed provocar uma recessão na economia americana.

A Cemig divulga balanço trimestral, após o fechamento da B3.

No exterior

Na zona do euro e na Alemanha, os PMIs mostraram uma inesperada queda no segmento industrial, após alta de 25 pontos-base de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) ontem. No Reino Unido, as vendas no varejo ficaram acima do esperado em fevereiro ante janeiro e caíram menos que as previsões na comparação anual.

Nos Estados Unidos, ontem a secretária do Tesouro, Janet Yellen, mudou de tom e disse que ferramentas emergenciais poderão ser utilizadas de novo para resgatar bancos regionais americanos, se necessário, após o recente colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank.

Na Ásia, o setor financeiro puxou as bolsas para baixo nesta sexta-feira. A ação do britânico HSBC, que tem foco na região, sofreu queda de 2,89% em Hong Kong, enquanto a do japonês Resona Holdings caiu 2,61% em Tóquio, por temores de recessão ampliados por novos aumentos de juros nos EUA e Europa esta semana.

No Brasil

O mau humor internacional deve pesar sobre o Ibovespa, que pode continuar sob pressão diante dos ruídos institucionais entre o governo Lula e o Banco Central, após a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano nesta semana, sem sinais de corte de juros mas com alerta de eventual alta se houver risco de desancoragem de expectativas de inflação.

O tombo de mais de 3% do petróleo deve pesar em ações do setor e os investidores devem repercutir também balanços de empresas de vários setores divulgados ontem à noite.

O Ibovespa caiu ontem aos 97.926,34 pontos (-2,29%), menor pontuação de fechamento desde 18 de julho, enquanto o dólar à vista subiu aos R$ 5,29 (+1,01%) puxando junto a curva de juros futuros. Acompanhe no Morning Call Safra:

*Com informações da Agência Estado

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