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Mercado financeiro hoje: Haddad e dados industriais dos EUA no radar

Ministro da Fazenda e secretário Bernard Appy participam de eventos. Nos Estados Unidos, serão divulgados às 11h as encomendas à indústria e o relatório sobre empregos

Balcão da b3 em frente a uma tela com gráficos
Bolsa de valores: fôlego curto no exterior e agenda esvaziada no país devem limitar desempenho do Ibovespa. Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento do Bradesco BBI (17h) nesta terça-feira, 4/4, assim como o secretário Extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy (10h).

Um dia depois de se reunir com Haddad, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se encontra com o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), autor de uma proposta alternativa de arcabouço fiscal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Cerimônia de Apresentação dos Oficiais Generais.

Nos Estados Unidos, são esperados as encomendas à indústria e o relatório Jolts sobre empregos às 11h e discursos de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano): Susan Collins, de Boston, e a diretora Lisa Cook (14h30); Loretta Mester, de Cleveland (19h45).

No exterior

A diretora do Fed Lisa Cook afirmou ontem que ainda existem muitas incertezas no cenário macroeconômico americano e global, mas que a “estratégia de aperto monetário [do BC americano] permanece”. Entre as incertezas, listou os efeitos da pandemia, a guerra na Ucrânia, a reabertura da China e as recentes turbulências no setor bancário, acompanhada de perto pelos dirigentes do Fed.

Na zona do euro, o índice de preços ao produtor (PPI) desacelerou a 13,2% em fevereiro e ficou abaixo do esperado (13,6%). O BC australiano manteve seu juro básico em 3,60%, interrompendo uma sequência recorde de 10 elevações consecutivas, mas não descartou novas altas no futuro.

+ Projeção de inflação vai a 5,96% neste ano em meio a discussão da nova regra fiscal

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta terça-feira, enquanto investidores seguiram avaliando os efeitos de um inesperado corte na oferta de petróleo de grandes produtores e após decisão do banco central australiano de pausar uma campanha recorde de aumentos de juros.

O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,35% em Tóquio, e o sul-coreano Kospi avançou 0,33% em Seul, enquanto o Hang Seng caiu 0,66% em Hong Kong. Em Taiwan, não houve negócios pelo segundo dia seguido devido a um feriado local. Na China continental, o desempenho dos mercados também foi misto: o Xangai Composto teve alta de 0,49%.

A reação inicial negativa aos cortes surpresa de produção da OPEP+, que poderão chegar a 1,6 milhão de barris/dia, perdeu força ao longo da segunda-feira. Segundo analistas da Guide, os investidores colocaram na balança os efeitos altistas sobre a inflação e os efeitos contracionistas de uma alta do preço de energia sobre a atividade econômica. Desta forma, não houve alteração significativa das apostas nos próximos passos do Fed.

No Brasil

A alta do petróleo tendem a continuar a favorecer o Ibovespa nesta terça-feira. O petróleo teve ganhos robustos de mais de 6% da sessão anterior, ainda em reação à decisão da Opep+ de fazer um inesperado corte adicional na sua produção.

Haddad afirmou ontem ter levado ao presidente Lula cinco sugestões de nomes para ocupar as diretorias de Política Monetária e Fiscalização do Banco Central, mas negou que o chefe do Executivo tenha batido o martelo sobre os escolhidos.

O Ministro da Fazenda evitou detalhar a reunião que teve com Campos Neto, dizendo que foi uma reunião de rotina e que foram discutidos vários temas.

*Com informações da Agência Estado

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