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Mercado financeiro hoje: inflação ao consumidor dos EUA e ata do Fed são destaques

Indicadores devem deixar mais claro para os investidores o provável direcionamento do BC americano em sua próxima decisão de juros em maio

Fachada do prédio da B3, no centro de São Paulo/SP.
B3: reuniões de Campos Neto em Washington serão monitoradas pelo mercado. Foto: Divulgação

A agenda desta quarta-feira, 12/04, prevê a publicação do índice de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA em março e da última ata de política monetária do Federal Reserve (Fed). Ambos os indicadores devem deixar mais claro para os investidores o provável direcionamento do BC americano em sua próxima decisão de juros em maio.

Comentários de presidentes regionais do Fed também devem trazer novas pistas.

Estão previstas ainda as participações em eventos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem uma agenda cheia às margens do encontro de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.

No Brasil, saem os dados de vendas no varejo em janeiro.

No exterior

Investidores estão apostando em uma desaceleração da inflação nos Estados Unidos, mas que pode ter se mantido firme ainda diante do robusto quadro do mercado de trabalho americano e pressões no setor de serviços.

Por enquanto, a expectativa majoritária é de novo aperto de 25 pontos-base nos juros em maio, mas comentários de vários dirigentes de bancos centrais devem também nortear os mercados bem como a ata do Fed, à tarde.

Ontem à noite, o presidente da distrital do Fed na Filadélfia, Patrick Harker, reiterou que o sistema bancário nos EUA segue “saudável e resiliente”, apesar de incertezas recentes, e alertou que indicadores vem apontando para uma desaceleração no ritmo de desinflação nos Estados Unidos.

Já o dirigente de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que o trabalho de reduzir a inflação nos Estados Unidos “é árduo”, mas que “seria pior não manter o compromisso” e defendeu a necessidade de manter a meta em 2% e fazer o que for necessário para alcançá-la.

No Brasil

Os mercados devem ser guiados pela reação externa ao CPI dos EUA durante a manhã, após o rali dos ativos brasileiros ontem. O IPCA de março abaixo do esperado nesta terça-feira levou a curva de juros a apontar corte da Selic na reunião do Copom em junho, enquanto a Bolsa disparou 4% e o dólar caiu a R$ 5. Nesse contexto, ganhou eco a pressão política sobre o Banco Central para baixar a taxa Selic.

Para os dados de varejo no País, a expectativa é de que interrompam em janeiro a sequência de quedas consecutivas nesta leitura, mas o quadro à frente é de resultados mais fracos devido à desaceleração da atividade econômica.

As reuniões do presidente do BC, Roberto Campos Neto, com banqueiros e investidores em Washington ficam no radar, principalmente sua avaliação sobre os rumos esperados para a política monetária americana e no Brasil.

*Com informações da Agência Estado

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