Mercado financeiro hoje: Powell no foco global, Campos Neto no local
Os mercados repercutem as leituras finais de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial em vários países
A participação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e de outros dirigentes do Fed em eventos nos Estados Unidos nesta segunda-feira fica na mira global.
Os mercados repercutem as leituras finais de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial em vários países em meio à expectativa na semana pelo relatório de emprego dos EUA, o payroll.
A agenda econômica no Brasil traz IPC-S, dados do Caged e da balança comercial. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dará uma palestra em evento promovido pela Abracam (Associação Brasileira de Câmbio), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Ainda nos próximos dias estão previstos o resultado da produção industrial, do IPC-Fipe e do IGP-DI.
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Europa e Ásia
Na Europa, as bolsas passaram a cair nesta manhã, após dados de PMIs divulgados na região apontarem contração em ritmo acentuado na Alemanha. O PMI industrial alemão subiu de 39,1 em agosto para 39,6 em setembro, ficando abaixo da estimativa preliminar e da previsão de analistas, de 39,8 em ambos casos.
O PMI industrial da zona do euro caiu de 43,5 em agosto para 43,4 em setembro, confirmando a estimativa preliminar e a expectativa de analistas. Já o PMI do Reino Unido avançou a 44,3 em setembro, acima da prévia.
Na Ásia, as bolsas subiram com dados de manufatura chineses acima da linha de expansão e do esperado, embora com liquidez restrita devido ao fechamento das bolsas chinesas nesta semana pelo feriado “Dourado” no país até a próxima sexta-feira.
Os investidores operam na expectativa ainda pelos dados de manufatura americanos e comentários de Powell e de vários dirigentes do BC americano ao longo do dia.
Mercado local
Os mercados locais começam o quarto trimestre do ano monitorando os riscos externos de recessão nos EUA em meio a sinais de juros mais altos por mais tempo no país, de olho em estímulos na China e na agenda fiscal no Brasil.
Os investidores vão focar em Campos Neto e Haddad, além dos indicadores locais.
Na sexta-feira, os ativos brasileiros reagiram aos ventos contrários externos e à desconfiança sobre o cumprimento das regras fiscais no curto prazo, provocando abertura da curva de DI, fechamento do dólar no patamar de R$ 5,00.
Já o Ibovespa conseguiu sustentar ganho leve na sexta aos 116.565,17 pontos (+0,72% no dia) e em setembro (+0,71%) na esteira da valorização de papéis ligados a commodities.
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