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Mercado financeiro hoje: sinal de fraqueza chinesa pode apoiar cautela externa

Por aqui, os ativos domésticos voltam do feriado podendo se ajustarem ao bom humor externo da véspera do feriado

Homem com roupa de proteção trabalha em frigorífico
Produção industrial apresenta queda em maio. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A poucos dias da decisão do Fed, cujos membros estão em período de silêncio, a China é que concentra as atenções nesta sexta-feira pós-feriado em que a agenda tem pouco – ou quase nada – a ajudar na condução dos mercados. Por lá, bancos comerciais estatais correram para tentar reanimar a economia, após a divulgação da taxa anual da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China em maio.

A taxa subiu 0,2% em maio, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, 9, pelo Bureau Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado apresentou ritmo menor do que o esperado por analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3%. Já a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China teve queda anual de 4,6% em abril.

Sinais externos

No mercado americano, as ações subiram o suficiente para Wall Street entrar em um bom momento, em especial, com a recuperação do S&P 500. O índice subiu 0,6%, ficando 20% acima da mínima atingida em outubro do ano passado. O otimismo veio na esteira de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manterá as taxas na faixa atual na próxima semana, após dados fracas de emprego.

A expectativa de uma abertura morna em Wall Street se junta ao CPI menor do que o esperado da China. Este novo sinal de desaquecimento global eleva as preocupações após ontem dois indicadores reforçarem essa expectativa: a contração do PIB da zona do euro no primeiro trimestre e o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.

Mercado no Brasil

Por aqui, os ativos domésticos voltam do feriado podendo se ajustarem ao bom humor externo da véspera do feriado, em meio a expectativas de manutenção dos juros pelo Fed na semana que vem. Ao mesmo tempo, sinais de que o Banco do Povo da China está prestes a indicar queda dos juros reforçaria o otimismo interno, que ainda tem sido respaldado na estimativa de recuo da Selic em breve. Porém, renovados sinais de fraqueza, inclusive do gigante asiático, e a indicação de ajuste das bolsas

Na última quarta-feira, 7/6, o Ibovespa terminou o pregão com uma alta de 0,77% em relação ao fechamento anterior, a 115.488 pontos. O principal índice da bolsa foi impulsionado, principalmente, pela divulgação do índice de inflação (IPCA) de maio, que veio abaixo do esperado pelos especialistas.

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