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Mercado hoje: ata do Copom e dados da inflação são destaques da semana

Última semana do mês de junho inclui a divulgação do IPCA-15, IGP-M e do Relatório Trimestral de Inflação

Sede da Bolsa de Valores em São Paulo, com telão mostrando as cotações das ações. Foto: Divulgação/B3
Sede da Bolsa de Valores em São Paulo, com telão mostrando as cotações das ações. Foto: Divulgação/B3

Esta última semana do mês de junho e do primeiro semestre do ano tem uma agenda interna importante. Serão divulgados a ata do Copom, IPCA-15, IGP-M, Relatório Trimestral de Inflação e dados do mercado de trabalho e fiscais do governo federal.

Na quinta-feira, haverá a reunião do Conselho Monetário Nacional para discutir mudança na meta de inflação de 2026.

Lá fora, o Fórum do Banco Central Europeu (BCE) sobre bancos centrais começa hoje em Portugal e reunirá, na quarta-feira, os presidente de Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, BCE, Christine Lagarde, e Banco do Japão, Kazuo Ueda, entre outros dirigentes. Powell também participará de evento na Espanha.

Na lista de indicadores estão previstos o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e do Reino Unido no primeiro trimestre, as prévias de junho da inflação ao consumidor (CPI) na Alemanha e zona do euro e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos em maio.

No exterior

Os temores de recessão nos EUA, Europa e Ásia se renovam nesta segunda-feira. O motivo é o rebaixamento pela agência S&P Global da previsão de crescimento do PIB da China para 5,2% em 2023, após dados de atividade econômica fracos.

Altas de juros por BCE e Banco da Inglaterra e sinais de novas elevações pelo Fed nos EUA também minaram o sentimento de risco na semana passada.

Segundo a agência, “o principal risco de crescimento negativo da China é que sua recuperação perde mais força em meio à confiança fraca entre os consumidores e no mercado imobiliário”.

Na Europa, o índice IFO de sentimento das empresas da Alemanha caiu a 88,5 em junho e ficou abaixo do esperado.

Investidores na Ásia também mantiveram a cautela após uma insurreição fracassada do grupo paramilitar Wagner na Rússia, no fim de semana, gerar mais incertezas sobre a guerra na Ucrânia.

No Brasil

Os mercados devem ficar sob pressão externa e olhar os dados das contas externas, enquanto aguardam a publicação amanhã da ata do Copom e do IPCA-15 de junho.

Para o CMN, na quinta, há dúvidas se o colegiado vai elevar a meta de inflação de 3% para 2026. Analistas consideram mais provável uma alteração no período de apuração da inflação anual na meta, passando de ano-calendário para meta contínua, a ser perseguida no intervalo de 12 meses. É o que defende o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à medida que a inflação anual em junho pode girar em torno de 3%.

Na bolsa, que vem subindo há nove semanas seguidas, a instabilidade do petróleo pode pesar na Petrobras. Também pode influenciar os papéis sinais do presidente da estatal, Jean Paul Prates, de que pode conduzir uma mudança gradual na política de distribuição de dividendos da empresa.

Outro assunto que seguirá no foco é a votação da reforma tributária, prevista para a próxima semana na Câmara. No sábado, o presidente Lula afirmou, em Paris, que Haddad está seguro da aprovação da reforma tributária e tem sido um mestre na articulação com o Congresso Nacional.

*Com informações da Agência Estado

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