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Mercado hoje: decisão sobre juros na Europa é destaque do dia

Decisão será anunciada após o Federal Reserve dos EUA subir juros e indicar uma pausa no ciclo de aperto no país e o Copom manter a taxa em 13,75% ao ano

Fachada da B3.
Fachada da B3: nos EUA, impasse sobre elevação do teto da dívida é monitorado

Os mercados focam nesta quinta-feira, 4/5, na decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e na entrevista da presidente da instituição, Christine Lagarde, em meio a dúvidas sobre alta de 25 pontos-base ou 50 pontos-base.

A decisão será anunciada após o Federal Reserve dos EUA subir juros e indicar uma pausa no ciclo de aperto no país.

Os investidores devem mirar também em dados de emprego e de comércio norte-americanos, além de PMIs mundial e do Brasil. Também aguardam o relatório oficial do mercado de trabalho dos EUA (payroll) de abril, que será divulgado amanhã.

Balanços de uma série de empresas e bancos, como Apple, Bradesco, Eletrobras, também devem movimentar os negócios nas Bolsas.

No exterior

Antes da decisão e sinais do BCE, investidores na Europa repercutem balanços trimestrais de grandes empresas como AB InBev e Shell.

Também digerem os dados de atividade (PMIs) de serviços que avançaram de modo geral no Velho Continente: os indicadores ficaram acima das expectativas na Alemanha e Reino Unido e abaixo do esperado na zona do euro.

Na Ásia, a bolsa chinesa de Xangai subiu na volta de um feriado de três dias. O movimento acontece apesar da queda do PMI industrial da China para 49,5 abril, indicando que a manufatura da segunda maior economia do mundo voltou a se contrair depois de se estabilizar em março.

No Brasil

O sentimento de cautela internacional deve pesar na abertura do mercado local em meio aos ajustes pós-Copom e à espera pelo BCE. O Ibovespa pode oscilar em meio à repercussão de balanços, enquanto uma ligeira queda do dólar ante moedas rivais e várias emergentes ligadas a commodities pode apoiar algum alívio à taxa de câmbio.

Sem observar uma queda consistente da inflação, o Banco Central resistiu às renovadas pressões do governo e manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida ontem, como era amplamente esperado pelo mercado financeiro. O comitê indicou que o juro básico do país não vai cair enquanto não houver a convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024.

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Deve ser bem recebida na Bolsa a aprovação na Câmara dos Deputados, por 295 votos a 136, do projeto que susta parte dos decretos que alteram as regras de saneamento. O projeto foi editado pelo governo Lula no início de abril. Agora, a matéria segue para votação no Senado.

Em relação ao arcabouço fiscal, o relator e deputado Cláudio Cajado (PP-BA) afirmou que há uma expectativa de que o relatório da matéria seja apresentado até a próxima quarta-feira, 10. Mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a votação da proposta fiscal deve ficar para daqui a duas semanas, quando ele já tiver retornado da viagem que fará ao Japão, para o encontro do G7, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltar dos Estados Unidos.

*Com informações da Agência Estado

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