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Mercado hoje: decisão sobre a Selic e dado de emprego nos EUA são destaques

Relatório de criação de empregos no setor privado em julho deve orientar expectativas de política monetária do Fed, o banco central americano, antes do payroll nesta sexta-feira

Fachada da B3 com pessoas andando em frente. Foto: Divulgação B3
Bolsa de valores: Copom irá divulgar sua decisão no início da noite. Foto: Divulgação B3

Os investidores devem acompanhar nesta quarta-feira, 2/8, o anúncio de um corte da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), após o fechamento dos mercados.

início do ciclo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, é uma unanimidade entre os analistas econômicos. No entanto, a magnitude ainda não é consenso, assim como o tom que será adotado pelo colegiado e o impacto da chegada de dois novos diretores ao comitê.

Hoje a Selic está em 13,75% ao ano. A maioria do mercado espera um corte de 0,25 ponto percentual, o que levaria os juros para 13,5%. Já os mais otimistas creem na redução de 0,5 ponto percentual.

Nos EUA, o relatório ADP de criação de empregos no setor privado em julho deve orientar as expectativas de política monetária do Fed, o banco central americano, antes do payroll nesta sexta-feira.

Em dia de agenda nacional enxuta, CSN, PetroRio e Suzano divulgam balanços do segundo trimestre.

Os investidores também monitoram uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao programa ‘Bom Dia, Ministro’, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Haddad reúne-se no fim do dia também com o senador Otto Alencar (PSD-BA), que vai relatar o projeto de lei que retoma o voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um café da manhã com correspondentes internacionais no Palácio do Planalto e participa do lançamento do programa Povos da Pesca Artesanal.

No exterior

A agência de risco Fitch cortou o rating dos EUA, de AAA para AA+, com perspectiva estável, e aponta que a situação fiscal da maior economia do mundo deverá se deteriorar nos próximos três anos.

Com o rebaixamento da Fitch, subiram (84,5%) as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) mantenha juros na reunião de setembro na faixa atual de 5,25% a 5,50 ante a aposta de elevação de 25 PB (15,5%), segundo monitoramento do CME Group nesta manhã.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que o rebaixamento da Fitch se baseou em “dados desatualizados”, ressaltando que a economia americana se recuperou rapidamente da recessão deflagrada pela pandemia de covid-19.

No Brasil

A aversão a risco lá fora deve pesar nos mercados locais, principalmente na B3, em manhã de commodities mistas, que podem adicionar volatilidade às ações de Vale e Petrobras.

Para o Copom, pesquisa indica que 62 de 88 instituições financeiras consultadas (70%) acreditam que a primeira redução será de 0,25 ponto, para 13,50% ao ano. Já 26 casas (30%) projetam recuo de 0,50 ponto, para 13,25% ao ano. No mercado de juros futuros, a precificação aponta para 60% de chance de corte de 0,50 pp, para 13,25%, e 40%, para queda de 0,25 pp, para 13,50%.

*Com informações da Agência Estado

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