Mercado hoje: decisão sobre Selic é o destaque da semana
Decisões de juros no Brasil e Inglaterra devem guiar os mercados na semana, antes da publicação do relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos, na sexta-feira
Decisões de juros no Brasil e Inglaterra devem guiar os mercados na semana, antes da publicação do relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos, na sexta-feira. Índices de atividade PMIs americano, da China e de países europeus também devem movimentar os negócios.
Aqui, os investidores vão acompanhar nesta segunda-feira, 31/07, uma reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente da Febraban e os dirigentes dos principais bancos do País, sob expectativas no governo, empresariado e mercado financeiro de que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie a redução na taxa de juros Selic, de 13,75%, na quarta-feira. Haddad ainda participa do lançamento do novo ‘Sistema de Controle de Carga e Trânsito’ para o modal aéreo.
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O Fórum de Investimentos Brasil-Arábia Saudita, na Fiesp, terá presenças do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; e do ministro de Investimentos do Reino da Arábia Saudita, Khalid Al Falih.
Nos próximos dias, outros destaques locais são os dados de julho do IPC-S, IPC-Fipe, balança comercial e produção industrial. Balanços da Apple, Amazon, Petrobras e Bradesco ficam também no foco bem como a retomada da agenda legislativa pelo Congresso, a partir de amanhã, 1º de agosto.
No exterior
Na Europa, os investidores olham o resultado da Heineken e indicadores da região. Na zona do euro, o PIB cresceu 0,3% no 2º trimestre, mais do que o esperado; e a inflação ao consumidor anual desacelerou a 5,3% em julho, mas ficou acima das previsões.
Na sexta-feira as bolsas subiram em Wall Street e os rendimentos dos Treasuries e o dólar recuaram na esteira da desinflação do PCE e uma melhora no sentimento do consumidor dos EUA. Os indicadores deram impulso ao apetite por risco, à medida que aumentaram as apostas por uma pausa na alta de juros do Federal Reserve na próxima reunião, em setembro.
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Na Ásia, os mercados de ações ganharam tração com novas medidas de estímulo ao consumo anunciadas pelo governo da China e após uma ligeira melhora do PMI industrial da China, que subiu de 49,0 em junho para 49,3 em julho, acima da previsão de analistas (de 49,0) embora ainda indicando contração no setor pelo quarto mês consecutivo e fraqueza contínua na segunda maior economia do mundo.
O principal órgão de planejamento chinês detalhou hoje medidas para incentivar o consumo doméstico, enquanto grandes cidades, incluindo Pequim e Shenzhen, prometeram atender melhor a crescente demanda na área de habitação, ajudando a impulsionar ações de empresas do setor imobiliário negociadas na China continental e em Hong Kong.
No Brasil
Novos estímulos à economia na China podem animar os mercados locais. A valorização do petróleo deve mexer ainda com as ações da Petrobras. Os investidores ficam ainda à espera pela decisão do Copom, na quarta, e a retomada dos trabalhos no Congresso, amanhã.
Para o Copom, o início de corte de juros é dado como certo e as apostas para corte de 0,25 ponto porcentual majoritárias (70%) em relação a de 0,50 ponto porcentual (30%). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que é possível começar o ciclo de baixa esta semana com corte de 0,50 pp. “Os operadores do mercado estimam um corte da Selic superior aos economistas-chefes das instituições”, afirmou ele em entrevista ao canal TV GGN, do jornalista Luis Nassif.
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Com o fim do recesso no Congresso, os parlamentares devem recomeçar as discussões sobre a reforma tributária no Senado, onde o texto deve sofrer alterações em relação ao aprovado pela Câmara.
Haddad disse ainda no sábado que a sua pasta deve apresentar nas próximas duas semanas os custos das exceções na reforma tributária da alíquota-padrão. Segundo ele, a agenda de agosto da Câmara está alinhada com o marco de garantias e com o marco fiscal.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet promete com a aprovação da reforma tributária no Senado em 60 dias, como está nos planos do governo. Para Tebet, a maior ameaça à reforma é o aumento de exceções para o setor de serviços.
*Com informações da Agência Estado