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Mercado hoje: Livro Bege nos EUA e emprego no Brasil são destaques

A última sessão de maio traz uma agenda robusta, com votação na Câmara de Representantes dos Estados Unidos do projeto que suspende o teto da dívida até 2025

A última sessão do mês traz uma agenda robusta, com votação na Câmara de Representantes dos Estados Unidos do projeto que suspende o teto da dívida até 2025. Também será divulgado o Livro Bege dos EUA e o índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha.

Estão ainda previstos, ao longo do dia, discursos da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No Brasil, são esperados dados do mercado de trabalho pela Pnad Contínua e Caged, resultado do setor público consolidado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento.

No exterior

A decepção com o índice de gerentes de compras (PMI) industrial oficial da China traz cautela aos mercados globais antes da votação sobre o teto da dívida dos EUA. O PMI caiu de 49,2 para 48,8 em maio, ficando bem abaixo da expectativa (49,5) e apontando contração mais intensa na manufatura da segunda maior economia do mundo.

Além disso, existem incertezas sobre a aprovação do acordo sobre o teto da dívida nos EUA, que atraiu críticas não apenas de republicanos, mas também de democratas. Sem um teto maior, o governo americano não terá como pagar suas contas já nos primeiros dias de junho.

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Sob fogo dos conservadores, o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, trabalhou ontem para vender aos colegas republicanos o acordo do teto da dívida e de orçamento que negociou com o presidente Joe Biden.

Uma aprovação rápida na Câmara e no Senado garantiria que os cheques do governo continuassem a ser enviados para beneficiários da Previdência Social e veteranos, entre outros. Como resultado, evitaria turbulências financeiras em todo o mundo, permitindo que o Tesouro continuasse honrando as dívidas dos Estados Unidos.

No Brasil

Os sinais de fraqueza da economia chinesa, que pesam nas moedas emergentes e nas commodities, podem trazer perdas também aos ativos domésticos em meio também às preocupações com o teto da dívida dos EUA.

Além disso, o mercado digere a derrota do governo com a aprovação ontem na Câmara do projeto de lei que define um marco temporal para a demarcação de terras indígenas no País por 283 votos a 155. O texto, que será ainda analisado pelo Senado, era uma demanda dos ruralistas e foi votado sob protesto de parlamentares de esquerda e movimentos indigenistas.

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Governistas já falam em recorrer à Justiça contra a votação em que saíram derrotados. Na prática, se promulgada, a lei vai paralisar todos os processos de demarcação em andamento. Há pelo menos 303 em tramitação.

Com risco de derrota para o governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou para hoje a votação da Medida Provisória (MP) que reestrutura a Esplanada dos Ministérios.

*Com informações da Agência Estado

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