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EUA: Biden ganha apoio a acordo sobre teto da dívida, mas ainda há discordância

Bandeira dos Estados Unidos tremulando asteada em frente a prédio histórico
Bandeira americana. Foto: Adobe Stock

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, pareciam a caminho de conseguir apoio bipartidário suficiente para suspender o teto da dívida americana. Até agora, eles contiveram vozes dissidentes nas alas progressista e conservadora de seus respectivos partidos, embora alguns pontos de procedimento no Legislativo possam ainda complicar a corrida para evitar um default.

O teto da dívida dos Estados Unidos é o valor máximo que o governo pode emitir em títulos para honrar as suas obrigações como salários de servidores, pagamentos de benefícios sociais, juros da dívida e investimentos. Ou seja, é o dinheiro que o país está autorizado a tomar emprestado para cumprir as suas funções.

O acordo, anunciado no fim de semana, deve suspender o limite da dívida por dois anos e cortar gastos do governo no período. Ele reduz gastos em prioridades domésticas dos democratas, enquanto amplia gastos militares em cerca de 3%. Também estende limites sobre assistência alimentar a alguns beneficiários, a fim de que busquem empregos.

+ Entenda o impasse em torno da elevação do teto da dívida dos EUA

Após longas negociações, Biden e McCarthy passaram boa parte do fim de semana falando a seus partidários sobre o acordo. Nas duas Casas do Legislativo, vozes contrárias podem retardar sua aprovação, o que lançaria a ameaça de um default sem precedentes. Alguns conservadores na Câmara e no Senado disseram que não pretendem apoiar a iniciativa, pois queriam mais limites aos gastos federais, enquanto alguns progressistas veem cortes excessivos.

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse que o governo poderia ficar sem dinheiro para pagar suas contas em 5 de junho, a menos que o Congresso aja.

Fonte: Dow Jones Newswires / Agência Estado