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Mercado hoje: PIB do 1º trimestre e ata do BCE no radar

Mercados no exterior ficam no aguardo da votação no Senado do projeto de lei que suspende o teto da dívida dos Estados Unidos até 1º de janeiro de 2025, aprovado pela Câmara dos Representantes ontem à noite

Fachada da B3.
Fachada da B3: nos EUA, impasse sobre elevação do teto da dívida é monitorado

Os mercados no exterior ficam no aguardo da votação no Senado do projeto de lei que suspende o teto da dívida dos Estados Unidos até 1º de janeiro de 2025. As novas regras foram aprovadas pela Câmara dos Representantes ontem à noite.

O mercado financeiro também vai monitorar a ata do Banco Central Europeu, indicadores da indústria e de emprego nos Estados Unidos. São esperados ainda novos comentários do dirigente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick Harker, que ontem defendeu uma pausa na alta de juros em junho no país.

No Brasil, haverá a votação da medida provisória dos ministérios no Senado, depois da aprovação pela Câmara ontem. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre é o destaque do dia.

No exterior

Os deputados americanos deram seu aval à proposta de suspensão do teto da dívida, que agora será submetida à avaliação do Senado. Sem a suspensão do teto, o governo Biden não teria condições de pagar suas contas já a partir da próxima semana.

Novos indicadores americanos e discursos do Fed devem movimentar os negócios após sinais de dirigentes do BC americano indicando que pode ocorrer uma pausa na alta de juros na reunião de junho.

Nos últimos dias, os investidores esperavam que o Fed elevasse as taxas em sua reunião de 13 a 14 de junho. Contudo, dois formuladores de política monetária enfatizaram ontem que podem renunciar ao aumento. O movimento vai depender do relatório de empregos (payroll) que será divulgado nesta sexta.

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Na Europa, as bolsas reagem aos PMIs industriais da zona do euro, Alemanha e Reino Unido acima do esperado, mas ainda na zona de contração. Também repercutem uma desaceleração da inflação anual ao consumidor na zona do euro, que veio abaixo das previsões.

A presidente do BCE, Christine Lagarde comentou que a inflação está muito alta e assim deverá ficar por muito tempo. Também disse que a autoridade monetária ainda tem terreno a cobrir no que diz respeito a taxas de juros.

Na Ásia, as bolsas tiveram um comportamento misto diante do avanço do PMI industrial da China na pesquisa da S&P Global/Caixin, para 50,9 em maio. O dado indica que o setor voltou a se expandir, mas contraria o PMI oficial, que permanece na zona de contração após nova queda no mês passado, a 48,8.

No Brasil

Os mercados locais podem ter reação moderada ao aval da Câmara americana à suspensão do teto da dívida e à aprovação da MP dos ministérios pelos deputados, em meio à espera ainda pelas votações das duas propostas pelos senadores lá fora e aqui.

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O resultado do PIB do primeiro trimestre do país é aguardado sob expectativas de crescimento da economia impulsionado pelo agronegócio. O movimento pode ocorrer após uma sequência de quatro trimestres de desaceleração na margem.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto. O intuito é apresentar estudo da pasta para possibilitar o corte temporário do IPI e PIS/Cofins sobre carros de até R$ 120 mil.

*Com informações da Agência Estado

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