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Mercado hoje: PIB nos EUA e juros na Europa guiam mercados

Dados do Caged, o resultado primário do Governo Central em junho e uma entrevista do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, serão também analisados pelos investidores

Fachada B3.

Os mercados devem repercutir hoje a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do segundo trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) do mesmo período, além de outros indicadores americanos.

São aguardados também a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e uma entrevista coletiva da presidente, Christine Lagarde.

Os dados do Caged, o resultado primário do Governo Central em junho e uma entrevista do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, serão analisados ainda pelos investidores, antes da publicação de balanços do segundo trimestre de Vale e Intel, entre outras empresas locais e americanas.

No exterior

Nos Estados Unidos, investidores esperam o PIB americano e balanços após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevar juros ontem em 25 pb, à faixa de 5,25% a 5,50% como o esperado pelo mercado. O BC não se comprometeu com os passos seguintes, condicionando a decisão ao desempenho da atividade e inflação à frente.

Na Europa são divulgados vários balanços com resultados mistos antes do anúncio da decisão do BCE. Ações de Telefónica, Iberdrola e BNP Paribas registraram ganhos nas bolsas da Espanha e Paris, enquanto as de Shell e Barclays recuaram em Londres. Para o BCE, se as expectativas de uma nova elevação de 25 pb for confirmada, uma alta de 25 pb elevaria a taxa de refinanciamento de 4,00% para 4,25%, a de depósitos, de 3,50% para 3,75%, e a de empréstimos, de 4,25% para 4,50%.

No Brasil

Na bolsa, a valorização externa pode renovar o ânimo local em meio a repercussões de balanços, como os de Assai e GPA. Os papéis da Petrobras podem se beneficiar ainda da valorização do petróleo, mas também devem depender da recepção no mercado dos dados de produção da estatal no segundo trimestre.

Lá fora, o dólar pode apoiar o real em meio a esperanças de anúncio de novos estímulos na China e se o apetite por risco lá fora perdurar ao longo dos negócios. Ontem, o dólar à vista caiu 0,46%, a R$ 4,7282 – a nova mínima do ano no fechamento e o menor nível desde 20 de abril de 2022 (R$ 4,6204). O movimento foi impulsionado pelo otimismo do mercado pela perspectiva de que o aumento de 25 pontos-base nos juros americanos anunciado ontem possa ter marcado o fim do ciclo de aperto, além da melhora do rating brasileiro pela Fitch, de ‘BB-‘ para ‘BB’, com perspectiva estável.

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, confirmou nesta quarta-feira que o economista Marcio Pochmann será o presidente do IBGE, gerando reações divergentes no mercado. Ainda não há data para a posse.

*Com informações da Agência Estado