Mercado

Mercados financeiros hoje: à espera de Copom, investidores miram exterior instável

O quadro de calamidade pública no Rio Grande do Sul segue no radar

Cédulas do real
Copom decidiu nesta quarta-feira. Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O destaque do dia é a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para a taxa Selic, a ser anunciada no início da noite. Nas próximas horas, as atenções ficam em indicadores locais, como os de varejo, e em entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e na participação do presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, e do diretor de Regulação, Otavio Ribeiro Damaso, da abertura de seminário organizado pela instituição, embora estejam sob a regra de silêncio sobre juros. Uma série de balanços estão programados, entre eles os do Banco do Brasil, Eletrobras, Ambev e Grupo Casas Bahia. No exterior, três dirigentes do Federal Reserve têm eventos públicos.

Exterior

Sem indicadores relevantes na agenda americana, os investidores em Nova York ajustam dólar, rendimentos dos Treasuries para cima, enquanto os índices futuros das bolsas estão instáveis, diante da espera por comentários de dirigentes do Fed e leilão do Tesouro americano. Ontem, um tom mais duro do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, sobre a inflação e mercado de trabalho resilientes no país minou o sentimento positivo que vigorava em Wall Street. Investidores aguardam novas pistas que possam chancelar as apostas recentes de possíveis cortes de juros neste ano, após o payroll americano abaixo do esperado.

O petróleo cede, mas as bolsas europeias sustentam ganhos dos dois pregões anteriores, repercutindo balanços corporativos, como o da AB InBev. Os papéis da maior cervejaria do mundo subiam 4,5% na Bolsa de Bruxelas mais cedo, após reduzir lucro, mas avançar em receita e volume de vendas no 1º trimestre de 2024.

Brasil

O fôlego curto das bolsas americanas nesta manhã e as perdas do petróleo e de quase 3% do minério de ferro na China podem pressionar o Ibovespa bem como ações da Petrobras e Vale. Também devem repercutir os indicadores de inflação, varejo e de comércio exterior ao longo do dia, antes do Copom.

O quadro de calamidade pública no Rio Grande do Sul segue no radar também. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta encaminhou nesta terça-feira, 7, à Casa Civil dois projetos de lei como parte das medidas para socorrer o Rio Grande do Sul e devem ser submetidos hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das propostas prevê tratamento especial da dívida do Estado com a União e a outra trata de crédito subsidiado para atender os atingidos pelas chuvas.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou que o governo gastará “o que for necessário”, mas com transparência e controle, para não repetir erros da pandemia. Haddad disse estar animado com a possibilidade de “pacificar” ainda nesta semana a negociação sobre a desoneração da folha de pagamentos e que tem plano de encontrar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para “arredondar de uma vez por todas” o acordo.

*Agência Estado

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