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Mercados financeiros hoje: cautela antecede divulgação de dados de emprego nos EUA

No Brasil, foco é na produção industrial e em números fiscais

Olhando bolsa de valores
Bolsa fecha último pregão da semana em queda. Foto: Reprodução

O payroll, relatório de emprego dos Estados Unidos, é o destaque desta sexta-feira, seguido ainda de dados de da indústria e de serviços do país. Internamente, o foco são a produção industrial e os números fiscais consolidados relativos a novembro, além do IGP-DI de dezembro. Outra divulgação que merece atenção é balança comercial de 2023 que promete ter resultado inédito.

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Bolsas estrangeiras operam em queda nesta manhã

Os mercados operam em compasso de espera pela divulgação do relatório oficial de emprego dos EUA, na tentativa de encontrarem pistas sobre se haverá espaço para que o Fed iniciar o corte de juros em março ou não. Ontem, o resultado forte da geração de vagas no setor privado americano medido pela ADP jogou um balde de água fria nessas apostas.

Ontem, a maioria da bolsas dos EUA caiu e a indicação é de que comecem o dia em baixa. Já o dólar e os rendimentos dos Treasuries avançam, com a T-Note de 10 anos acima de 4%. As bolsas europeias cedem com um pouco mais de ímpeto após a decepção dos investidores com as vendas do varejo da Alemanha, que caíram bem mais do que o esperado, e de olho na inflação da zona do euro, como CPI anual abaixo do esperado e o PPI com queda menor do que a prevista. Contudo, são fatores que provavelmente não devem animar o Banco Central Europeu (BCE) a considerar a possibilidade de reduzir juros este ano.

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No Brasil, mercado espera novos dados

O tom cauteloso internacional antes do payroll nos EUA e a agenda interna cheia vão ditar o rumo dos ativos domésticos, que ontem reagiram negativamente ao exterior, com o Ibovespa caindo 1,21%, aos 131.225,91 pontos e os juros futuros em alta. Porém, o dólar ante o real encerrou em baixa de 0,15%, a R$ 4,9079.

Hoje, o câmbio pode se desvalorizar, seguindo o exterior. Já o Índice Bovespa deve cair, como indica o EWZ, principal fundo de índice (Exchange Traded Fund, ETF) brasileiro negociado em Nova York, que cedia 0,50% há pouco no pré-mercado.

Na Bolsa, por ora, uma fonte de alívio é o petróleo, enquanto os investidores avaliam os resultados dos indicadores que sairão. Para a produção industrial, a expectativa é de alta. Para setor público consolidado do penúltimo mês do ano, a mediana é de déficit de R$ 34 bilhões, depois de superávit de R$ 14,798 bilhões. À tarde, sairá a balança comercial de 2023, que promete ter um saldo positivo recorde.

*Agência Estado

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