Mercado

Mercados financeiros hoje: Europa se destaca com balanços e antes de Copom

No Brasil, investidores acompanham também ajuda ao Rio Grande do Sul

Faxada banco central do Brasil
O Copom inicia sua reunião nesta terça-feira. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia sua reunião de dois dias para definir a nova taxa Selic e o Tesouro Nacional faz leilão de títulos pós-fixados. Entre os balanços, destaques aos números de Carrefour Brasil, Telefônica Brasil, GPA e Prio. No exterior, o foco fica no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de Minneapolis, Neel Kashkari, e no resultado trimestral da Walt Disney.

Exterior

Renovadas esperanças de corte dos juros americanos neste ano e balanços positivos estimulam os índices de ações, sobretudo na Europa, em dia de agenda esvaziada de indicadores. Resultados trimestrais encorajadores, incluindo dos bancos UBS e UniCredit, impulsionam apetite por risco. Em Zurique, a ação do UBS saltava cerca de 9% mais cedo, após o banco suíço garantir seu primeiro lucro trimestral desde que assumiu o controle do Credit Suisse. Já a do UniCredit subia 3,3% em Milão, após o segundo maior banco italiano superar expectativas de lucro e receita. Ainda por lá, as vendas no varejo da zona do euro subiram como o previsto em março, mas as encomendas à indústria alemã sofreram queda maior do que se estimava.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam indefinidos e próximos do zero a zero, após Wall Street acumular ganhos por três pregões seguidos, enquanto os rendimentos dos Treasuries caem e o dólar avança ante moedas fortes. Fica no foco o discurso do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari.

Brasil

A indefinição dos índices futuros de ações norte-americanos pode atrapalhar um ajuste para cima do Ibovespa, que ontem fechou em ligeira baixa, na faixa dos 128 mil pontos. No entanto a safra de balanços trimestrais pode dar algum ânimo. Entre os resultados saíram Itaú Unibanco e Rede D´Or, além de TIM. A queda dos rendimentos dos Treasuries pode instigar recuo do dólar e chamar as taxas futuras internas para uma correção, após subirem na véspera por incertezas fiscais, diante da ajuda federal ao Rio Grande do Sul. As dúvidas ainda devem permear os mercados.

Ontem a Câmara aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que decreta calamidade pública no Estado e retira da meta fiscal os recursos que serão usados para a recuperação dos estragos causados pelas chuvas na região. O texto segue para análise do Senado. Ainda é cedo para precisar se a ideia de uma Proposta de Emenda à Constituição nos moldes da usada durante a covid-19, que poderia abrir precedentes a outros entes, foi sepultada. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já demonstrou oposição ao uso da manobra por outros Estados. Ainda assim, o assunto pode gerar volatilidade principalmente na curva de juros, que ainda monitora o início da reunião do Copom, em meio a várias revisões de departamentos econômicos nas projeções para a Selic, de um corte de meio ponto para 0,25 ponto porcentual amanhã, também por conta de receios de uma inflação maior à frente.

*Agência Estado

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