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Mercados financeiros hoje: meta fiscal e balanços ficam no foco

No exterior, mercado espera reunião entre Biden e Xi Jinping

Um homem olhando para várias telas de computadores e analisando gráficos
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A agenda da semana traz os dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, além de vendas no varejo e produção industrial americanos e da China, e a segunda prévia do PIB da zona do euro do 3º trimestre. Uma reunião entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, também é esperada. Os mercados devem monitorar também comentários dos presidentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em Cleveland, Loretta Mester, e em Nova York, John Williams, entre outros. O segundo turno das eleições presidenciais na Argentina será no domingo, 19.

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No Brasil, os destaques são o volume de serviços em setembro, IBC-BR, IGP-10 de novembro e balanços, entre eles de CSN, BRF, XP, JBS, Magazine Luiza, Azul e Nubank.

O diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso, fala hoje por videoconferência em evento da Febraban e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, faz palestra em seminário organizado pelo Estadão. Os mercados de juros, câmbio e a B3 não terão negociações no feriado da Proclamação da República, na quarta-feira.

No exterior, mercado espera reunião entre Biden e Xi Jinping

Os mercados adotam sinais mistos no exterior, com os futuros de Nova York em baixa, após a Moody’s alterar a perspectiva dos EUA para negativa, enquanto os juros dos Treasuries têm altas moderadas e o dólar recua frente outros pares rivais. A Moody’s alerta que a crescente polarização política no Congresso dos Estados Unidos exacerba os riscos fiscais, em um fenômeno que tende a limitar a capacidade das autoridades de lidar com a deterioração da sustentabilidade da dívida pública.

No sábado, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, divulgou a proposta da maioria republicana para manter temporariamente o financiamento das atividades federais, em um esforço para evitar a paralisação do governo. A resolução consiste em um projeto de duas etapas, que incluiria recursos para militares e o Departamento de Energia até 19 de janeiro e garantiria o orçamento para outras áreas até 2 de fevereiro. Nenhuma das legislações traria mais dinheiro para apoio militar a Israel ou Ucrânia, de acordo com a CNN.

O Dow Jones Futuro tenta subir, ajudado pelo salto de 3,10% da ação da Boeing no pré-mercado por volta das 6h30, reagindo à notícia de que a China está considerando retomar compras dos aviões 737 Max.

Na Europa, as Bolsas, o euro e a libra avançam, se recuperando parcialmente de perdas na sessão anterior, com investidores à espera de uma reunião nesta semana entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping.

O petróleo tem leve alta, revertendo perdas de mais cedo após ganhos de sexta-feira, em meio a crescentes preocupações com a demanda de EUA e China e um alívio nos riscos geopolíticos ligados ao conflito entre Israel e o Hamas.

No Brasil, foco segue na meta fiscal

A cautela em Nova York deve pesar nos mercados locais, inibindo o desempenho da Bolsa, após o Ibovespa alcançar o maior nível desde agosto na sexta-feira, em meio a repercussões de balanços e expectativas de uma definição do governo a respeito de mudança ou não da meta de déficit fiscal zero em 2024.

Após o alívio na sexta-feira com o IPCA de outubro abaixo do esperado, as atenções na semana ficam também nos dados de atividade IBC-Br e de volume de serviços. Mas a incerteza sobre mudança na meta fiscal e a elevação moderada dos juros dos Treasuries nesta manhã podem elevar os juros futuros.

Já o mercado de câmbio tende a oscilar entre margens estreitas, diante dos sinais mistos do dólar em relação a moedas emergentes e ligadas a commodities.

Com a meta no foco, os investidores vão monitorar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e outros ministros e, à tarde, recebe os líderes do Governo no Parlamento.

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo realiza um jantar hoje com presidentes de outras bancadas temáticas do Congresso para tratar da proposta do governo que limita a dedução de subvenções do ICMS a grandes empresas da base de cálculo para o pagamento de impostos federais. A medida é a principal aposta agora do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação federal.

*Agência Estado