Mercado

Mercados financeiros hoje: no Brasil, foco é a pauta econômica no Congresso

No exterior, investidores mostram cautela antes de discursos de dirigentes do Fed

Imagem do plenário do Senado Federal, com painel de votação e carpete azul
O Congresso Nacional Nacional é dividido em duas Casas: ao Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Os investidores têm uma agenda carregada para acompanhar nesta terça-feira, com destaque para a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará palestra no Brasil Investment Forum (BIF 2023). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falará em fórum do Bradesco Asset Management, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, em evento do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon), ambos em São Paulo.

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Arezzo, Iguatemi, Rede D’Or são algumas empresas que publicam balanços. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso deve votar o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o parecer da reforma tributária.

Dados da balança comercial dos EUA e a participação de cinco dirigentes do Federal Reserve (fed, o banco central americano) e de quatro do Banco Central Europeu (BCE) em eventos podem ainda trazer pistas sobre o rumo das políticas monetárias respectivas.

No exterior, investidores ajustam posições após queda do petróleo

Sinais negativos marcam a manhã nas bolsas europeias e entre os índices futuros em Nova York, após seis pregões positivos em Wall Street, diante do recuo dos juros dos Treasuries e persistente avanço do dólar frente moedas rivais.

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Os investidores ajustam posições diante da queda de cerca de 2% do petróleo em meio a preocupações com a demanda na esteira dos dados fracos de exportações da China em outubro. Embora as importações tenham vindo melhores que o esperado, as exportações chinesas caíram 6,4% em outubro, na comparação anual, bem pior do que a previsão de queda de 3,7% e também da perda anual de 6,2% em setembro.

Na Europa, o tom defensivo de ontem se mantém, enquanto investidores avaliam balanços da região, como o do banco suíço UBS, que reportou prejuízo, e dados fracos da produção industrial na Alemanha e o avanço acima do esperado da inflação ao produtor (PPI) na zona do euro. No radar estão ainda os comentários de vários dirigentes do BCE e do Fed, quase uma semana depois de o BC americano deixar seus juros inalterados pela segunda vez seguida, além de dados da balança comercial e crédito ao consumidor americano.

No Brasil, mercado acompanha andamento da pauta econômica

A cautela moderada no exterior e a queda do petróleo devem afetar os ajustes na abertura local, mas a melhora das importações na China é boa notícia para os exportadores brasileiros de produtos básicos.
A Bolsa local deve ser movimentada ainda por vários balanços corporativos, como os da Gerdau e Itaú Unibanco, divulgados ontem à noite.

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A queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar a curva de juros em meio à leitura da ata do Copom, que deve balizar ainda os negócios, com as atenções voltadas às perspectivas do colegiado sobre o cenário fiscal, diante da possibilidade de alteração da meta para o resultado fiscal de 2024, a inflação e o quadro internacional.

No câmbio, a valorização externa do dólar pode limitar reação positiva ao aumento das importações chinesas.

O andamento da pauta econômica no Congresso é aguardado também e pode animar, se houver avanço nas votações. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) reúne-se hoje para votar o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

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A meta fiscal na LDO de 2024 se tornou um dos principais assuntos da política e da economia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer em público que o objetivo não precisaria ser o de déficit zero – ideia defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em relação à votação do parecer da reforma tributária na CCJ, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o relator da reforma tributária, Eduardo Braga (MDB-AM) acatará de sete a nove novas emendas no texto. Segundo o petista, porém, essas alterações não incluirão novas exceções ou benefícios nas regras sobre impostos.

*Agência Estado

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