Mercados hoje: investidores repercutem MP alternativa ao IOF e ata do Fed; ouro renova máximas
Medida Provisória foi aprovada ontem em comissão mista, e precisa ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado ainda hoje
O mercado volta suas atenções nesta quarta-feira (08) à votação da Medida Provisória 1303, apresentada pelo governo como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ontem, o texto passou pela comissão mista do Congresso com mudanças relevantes na comparação com o projeto inicial. A medida precisa ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado ainda hoje, caso contrário, perde a validade.
Entre as mudanças, o texto atual mantém a isenção de títulos incentivados, como LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures. No entanto, o texto traz uma alteração relevante para quem investe em renda fixa, ao unificar em 18% a alíquota sobre os rendimentos de títulos que hoje seguem a tabela regressiva de imposto de renda.
Com as mudanças, investidores avaliam o impacto fiscal da medida. Segundo o governo, as concessões feitas no novo parecer reduzem a arrecadação em 2026 em R$ 3 bilhões. Isso coloca o risco fiscal de volta no radar, e já pesou sobre o Ibovespa B3 no pregão de ontem.
No exterior, o mercado repercute a ata da última reunião do Federal Reseve (Fed, o banco central americano). Por lá, também não há sinais, por enquanto, de um fim para o shutdown, a paralisação do governo por falta de aprovação do orçamento.
Enquanto isso, o ouro segue renovando máximas históricas. Ontem, a cotação do metal chegou a superar os US$ 4 mil pela primeira vez. Nesta manhã, os contratos futuros do metal seguem em alta de mais de 1%. Segundo o WSJ, o que impulsiona a cotação do ouro é uma preocupação com o enfraquecimento do dólar.
Relembre o fechamento de ontem
Com temores fiscais crescendo com as eleições de 2026 no radar e uma cautela geral no exterior, o Ibovespa B3 caiu 1,57%, aos 141.356,43 pontos. O dólar comercial terminou o dia subindo de 0,75%, e fechou a R$ 5,35.
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