Mercados financeiros hoje: cautela com guerra no Oriente Médio
As bolsas europeias e os índices futuros em Nova York mantêm o tom negativo da última semana
A guerra entre Israel e Hamas entra em sua terceira semana com os mercados atentos aos desdobramentos do conflito no Oriente Médio em dia de agenda mais fraca. Na semana, os investidores vão monitorar também as prévias de PMIs de outubro, dados de PIB e de inflação dos EUA.
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Os investidores também aguardam discursos de presidentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a decisão de juros do BCE e balanços das gigantes de tecnologia americana, Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon.
No Brasil, Santander e Vale anunciam seus resultados, o IPCA-15 de outubro é principal indicador e a tributação de fundos exclusivos e offshore poderá ser votada na Câmara. Além disso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa hoje de evento do Estadão e Bora Investir B3, em São Paulo.
No exterior, juros em alta e bolsas caindo
As bolsas europeias e os índices futuros em Nova York mantêm o tom negativo da última semana, e os rendimentos dos Treasuries de longo prazo aceleraram ganhos, com o da T-note de 10 anos ultrapassando a marca de 5% e renovando máximas desde 2007, por incertezas sobre a trajetória dos juros nos EUA.
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Powell é esperado na semana, mas pode não acrescentar muito em meio ao período de silêncio de dirigentes do Fed que precede a decisão de juros do BC dos EUA, em 1º de novembro.
Os investidores permanecem na defensiva com a guerra no Oriente Médio e de olho na chegada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. No fim de semana, Israel atacou Gaza, Síria, Cisjordânia e teve confronto com o Hezbollah. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, alertou neste domingo para a probabilidade de uma escalada do conflito do Oriente Médio por “representantes iranianos”.
Com a agenda fraca hoje, os investidores aguardam ainda dados do PIB e da inflação PCE (o índice de preços de gastos com consumo) dos EUA do terceiro trimestre. Na China, as Bolsas atingiram os menores níveis em um ano nesta segunda-feira em meio à saída de investimento estrangeiro e com o tombo da ação da Foxconn Industrial Internet. Na Argentina, Sergio Massa (Unión por La Pátria), atual ministro da Economia, e Javier Milei (La Libertad Avanza) irão para o segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o próximo dia 19 de novembro.
No Brasil, investidores de olho em balanços
A cautela no exterior deve pesar nos mercados locais, que ficam de olho em Campos Neto, após a frustração com os dados da atividade econômica do País em agosto e revisão para baixo no mercado da mediana para o PIB do terceiro trimestre.
A alta dos rendimentos dos Treasuries e do dólar ante moedas rivais e emergentes pode ser acompanhada pela curva de juros e o mercado de câmbio por incertezas sobre a política monetária americana e o desenrolar da guerra no Oriente Médio.
Na Bolsa, há expectativas pelos balanços de Santander e Vale e ainda a votaçãno a Câmara da tributação de fundos exclusivos e offshore, poderá ocorrer amanhã.
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) se manifestou de forma favorável à consulta feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para desobrigar o governo a cumprir o mínimo constitucional da saúde de 2023. Os Estados do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) se declararam comprometidos em buscar a eficiência e a simplificação da carga tributária. O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), diz que o Senado já tem maioria para aprovar trava a aumento da carga tributária.
*Agência Estado
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