Notícias

Mercados financeiros hoje: no Brasil, semana tem ata do Copom e balanço da Petrobras

No exterior, investidores se atentam a dados de inflação e falas de dirigentes do Fed

Refinaria Petrobras
Mercado espera divulgação do balanço da Petrobras, após o fechamento da B3. Foto: Agência Petrobras

Balanço da Petrobras e o boletim Focus são destaques desta segunda-feira. Na semana, sairão a ata do Copom e dados de atividade como o IBC-Br de março. Lá fora, o foco principal é a divulgação dos indicadores de inflação ao produtor e ao consumidor dos Estados Unidos esta semana. Hoje, falam o vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Philip Jefferson, e a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester. Amanhã, será a vez do presidente do banco central (BC) dos Estados Unidos, Jerome Powell. Nos próximos dias, mais falas de diretores do BC americano e da Europa ficarão no radar. Já a Opep e a AIE informarão seus relatórios, e ainda serão divulgados o PIB da zona do euro e os dados do varejo e indústria da China.

Exterior

Os ativos internacionais operam com sinais divergentes e moderados, com os investidores à espera de indicações da política monetária mundial, sendo a principal dos EUA. Os dados de inflação ao produtor e ao consumidor americanos, que saem nos próximos dias, são esperados com grande expectativa, assim como falas de diretores do Fed, inclusive de Jerome Powell, após sinais desencontrados em relação a quando os juros começarão a cair nos Estados Unidos. Mesmo após ganhos das bolsas americanas na semana passada, os índices futuros de Nova York sobem nesta manhã, enquanto os juros dos Treasuries caem.

O último dos diretores a se pronunciar na sexta, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que a situação atual na economia americana exige que o banco central do país adote uma postura de “paciência” na definição da política monetária. Assim, pode dificultar o trabalho de outras instituições como o Banco Central Europeu (BCE), que vem preparando o terreno para começar a reduzir seus juros básicos, a partir de junho.

Nesta manhã, as bolsas europeias têm viés de baixa. Ficam no radar nesta semana dados de inflação da zona do euro e falas de autoridades monetárias da Europa. As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com as da China sofrendo perdas após dados locais de inflação – CPI acima do esperado e queda mais forte do PPI – e recuo do crédito, diante de expectativas de que os EUA elevem tarifas sobre produtos de energia limpa chineses, em especial veículos elétricos. O dólar e o petróleo operam perto da estabilidade, enquanto o minério de ferro subiu 2,42% em Dalian, a US$ 122,87 a tonelada. Fica no foco a investigação da UE sobre o X.

Brasil

A indicação de abertura em alta das bolsas americanas e a valorização das commodities podem estimular recuperação parcial do Ibovespa, que caiu 0,46% na sexta-feira (127.599,57 pontos) e cedeu 0,71% na semana passada. Os ADRs de Vale e Petrobras avançam em Nova York. Só que uma eventual elevação pode ser moderada, em dia de agenda de indicadores esvaziada aqui e no exterior.

Além disso, a espera pela divulgação do balanço da Petrobras após o fechamento da B3 e as incertezas fiscais podem gerar volatilidade do Índice Bovespa. Na Bolsa, ainda foco no resultado do primeiro trimestre do BTG Pactual e da Cemig.

As dúvidas quanto ao tamanho dos gastos federais com o Rio Grande do Sul nas contas públicas do País também podem continuar pesando nos juros futuros, ainda que hoje os rendimentos dos Treasuries caiam, o que seria fonte de alívio interno. Em mais uma ação para socorrer o Estado gaúcho, o governo abriu um crédito extraordinário de R$ 12,2 bilhões e ainda discute um voucher, incremento do Bolsa Família e auxílio emergencial a famílias do Rio Grande do Sul.

Nos juros, ainda pode continuar ecoando a análise desfavorável de alguns especialistas em relação ao IPCA de abril, que acelerou mais do que o esperado e foi informado na sexta. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, fez ponderações, ao afirmar que a inflação acumulada de 12 meses permanece caindo e que não há motivos para achar que o IPCA pleno vai colocar pressão sobre o Banco Central. Ainda assim, é crescente a espera pela divulgação da ata do Copom, amanhã, após a votação dividida na decisão da semana passada, quando a Selic caiu 0,25 ponto porcentual, para 10,50% ao ano. No dólar, a moderação externa pode dificultar um norte à moeda por aqui.

*Agência Estado

Quer saber mais sobre investimentos? Confira esse curso gratuito sobre como começar a investir!