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Pedidos de seguro-desemprego sobem nos EUA e podem indicar efeito dos juros

Números de emprego são fundamentais nas decisões da política monetária do mercado americano

O mercado de trabalho nos Estados Unidos segue em destaque nesta semana, especialmente com os recados do Federal Reserve (Fed) sobre o impacto dos dados da economia americana na escalada dos juros.

Os números de emprego são fundamentais nas decisões da política monetária dos EUA, uma vez que o baixo nível de desemprego e o aumento dos salários tendem a pressionar a inflação de serviços, que continua elevada.

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Nesta quinta-feira, 09/03, foram divulgados os pedidos de seguro-desemprego na primeira semana de março – que registraram alta de 21 mil solicitações para 211 mil. Com o resultado, o indicador avança para o maior nível desde dezembro do ano passado, segundo o Departamento de Trabalho dos EUA. O número ficou acima da previsão dos economistas, que era de 195 mil pedidos.

Para a economista da Bloomberg LP, Eliza Winger, a tendência é que os pedidos de seguro-desemprego continuem em trajetória de alta nos próximos dois meses, após um aumento nos anúncios de demissões.

“Mais empresas estão claramente se preparando para uma desaceleração econômica, cortando trabalhadores e diminuindo as contratações”, afirmou.

Expectativa para o Payroll

Desde terça-feira, o presidente do banco central americano, Jerome Powel, tem dito que se os dados econômicos continuarem fortes, o banco central poderá aumentar as taxas de juros em um ritmo mais rápido do que o esperado para derrotar a inflação.

Nesta sexta-feira, 10/03, será divulgado o tão esperado Payroll – que é o relatório do índice de emprego dos Estados Unidos.

As principais estimativas do mercado apostam em um aumento de 225 mil vagas em fevereiro e uma taxa de desemprego em baixa. Se essa previsão se confirmar, qualquer possível abrandamento no ritmo de alta dos juros será descartado.