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Prévia do PIB avança 2,41% no 1º trimestre, mas cai em março e contraria expectativas

IBC-BR mostra aceleração da economia brasileira, na comparação com 4º trimestre de 2022. Em março, índice ficou abaixo da expectativa do mercado com queda de 0,15%

Letreiro na fachada do BC onde se lê Banco Central do Brasil. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A expansão do IBC-BR nos primeiros três meses de 2023 representa o maior avanço trimestral desde o 4º trimestre de 2020. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), fechou o 1º trimestre do ano em forte aceleração, com avanço de 2,41%. O resultado divulgado nesta sexta-feira, 19/05, mostra uma melhora da economia brasileira, após a queda de 1,65% do indicador no 4º trimestre de 2022.

+ IBC-Br: como funciona esse indicador da economia brasileira?

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 1º de junho.

PRÉVIA DO PIB, IBC-BR (TRIMESTRE MÓVEL)

Fonte: Banco Central

A expansão do IBC-BR nos primeiros três meses de 2023 representa o maior avanço trimestral desde o 4º trimestre de 2020 (3,93%), ou seja, em pouco mais de dois anos. Apesar do bom resultado trimestral, em março o índice caiu 0,15% após avançar 2,53% em fevereiro, abaixo da expectativa do mercado. Em relação ao mesmo período de 2022, no entanto, houve avanço de 5,46%. Em 12 meses, o IBC-Br subiu 3,31%.

Para os economistas da Nova Futura Investimentos, a queda em março reflete o menor ímpeto de consumo no setor de serviços, além de devolver parte da forte alta do mês anterior. No entanto, o resultado do trimestre foi considerado positivo. “Ao fechar o 1º trimestre com expansão de 2,4%, o índice mostra o reflexo do bom momento do comércio externo, a safra recorde e a resiliência do consumo das famílias”.

+ Vendas do varejo crescem em março e fecham 1º trimestre no positivo

Na média móvel trimestral do índice, que é usada para captar tendências, o IBC-Br teve alta de 1,03% em relação aos três meses encerrados em fevereiro, segundo o Banco Central.

O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, explica que nem sempre o IBC-Br converge com o PIB medido pelo IBGE. No entanto, acredita que se o crescimento de 2,5% se confirmar, trará um resultado “espetacular” no trimestre em relação ao quarto trimestre de 2022.

“Os dados de vendas de varejo e de serviços vieram muito bons em fevereiro e março, o que mostra um primeiro trimestre bem melhor do que se imaginava. O resultado mostra que o PIB brasileiro deve finalmente retomar ao pico entre 2011 e 2013”.

IBC-BR x PIB

O cálculo do Índice de Atividade Econômica e do Produto Interno Bruto são um pouco diferentes.

O indicador do Banco Central incorpora as estimativas do setor de serviços, indústria e agropecuária, além dos impostos. Contudo, não considera o lado da demanda – que é incorporado ao cálculo do IBGE. A ótica da demanda inclui dados de consumo das famílias, do governo, investimentos, exportações e importações.

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