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Venda exclusiva de carros com desconto para pessoa física é prorrogada por 15 dias

Para as outras modalidades do programa, como compra de ônibus e caminhões, as vendas para pessoas jurídicas estão liberadas a partir de hoje

Carros. Foto: Sarah Brown/ Unsplash
Está prevista a utilização de R$ 700 milhões em créditos tributários para a venda de caminhões, R$ 800 milhões para carros e R$ 300 milhões para vans e ônibus. Foto: Sarah Brown/ Unsplash

O governo prorrogou por mais 15 dias o prazo para que apenas pessoas físicas possam comprar automóveis com descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil bancados pela União. A medida faz parte do programa de incentivos a indústria automobilística lançado há duas semanas.

A iniciativa já previa que o acesso exclusivo de pessoas físicas poderia ser prorrogado por até 60 dias. Se esse prazo não for novamente aumentado, em duas semanas empresas também vão poder se beneficiar do programa.

Nove montadoras participam da iniciativa, com um total de 266 versões de veículos, que correspondem a 32 modelos. O desconto vale apenas para carros de até R$ 120 mil.

Recursos do programa

Ao todo foram reservados R$ 1,5 bilhão para custear o programa, sendo R$ 500 milhões para automóveis. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), 60% dessa verba já foi utilizada.

A pasta ainda informou que “autorizou o uso de R$ 320 milhões em créditos tributários para a venda de carros com desconto, equivalente a 64% do volume de recursos colocados à disposição nessa modalidade”.

Os valores também são divididos com incentivos para a compra de caminhões (R$ 700 milhões) e vans e ônibus (R$ 300 milhões). Para essas modalidades, as operações com pessoas jurídicas foram liberadas a partir desta quarta-feira, 21/06.

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Prorrogação não deve acontecer

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo ainda não definiu se irá prorrogar o programa, mas indicou que dificilmente haverá injeção de novos recursos.

“Isso vai ser decidido um pouco mais para frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas quando acabar os R$ 500 milhões, acabou o programa”, disse.

Na semana passada, após uma reunião ministerial que durou mais de nove horas, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, negou que o governo pretenda prorrogar o programa.

“Apesar desse absoluto sucesso demonstrar para todo o país que se nós dermos condição de crédito, se baixarmos custos financeiros, vai haver consumo nesse país, a indústria vai voltar a produzir, o varejo vai vender. Com um pequeno estímulo como esse já haverá um resultado muito expressivo no comércio”, afirmou.

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