Objetivos financeiros

Casamento: como organizar os custos para realizar esse sonho?

Gastos variam de acordo com o número de convidados e estilo da festa, mas as técnicas para montar o orçamento são sempre as mesmas

Organizar os gastos de um casamento é essencial para que esse dia tão aguardado não vire um pesadelo. E a boa notícia é que, entre a data do início do noivado até a da festa, há tempo de sobra para planejar e prever todas as despesas. Abaixo, listamos algumas dicas de como orçar um casamento.

Quanto custa um casamento?

Estima-se que, em média, um casamento no civil custe R$ 300 reais, sendo que os preços variam entre cada estado brasileiro. Há também a opção do casamento por diligência, quando o juiz de paz se desloca até o local da cerimônia – o que é mais caro e pode custar até R$ 2.000.

Entretanto, é a festa que absorve a maior parte dos gastos, e por isso deve ser a maior preocupação na hora de orçar um casamento.

Quanto custa uma festa de casamento?

De acordo com a educadora e consultora financeira, Carol Stange, a previsão de gastos começa por aquilo que ela chama de ‘insights’, ou seja, a decisão do casal sobre o porte (número de convidados) e estilo da festa.

“Depois da definição dos insights, é preciso anotar tudo numa planilha. Cada item – como buffet, banda, fotógrafo etc. – deve ter três orçamentos, pelo menos”, recomenda Stange; a educadora também lembra que o aluguel do espaço para a festa é o que costuma demandar a maior parte dos custos.

Hoje, existem alguns sites especializados em orçar casamentos. Por meio deles é possível pesquisar preços por diferentes categorias, como salões, fornecedores (banda, florista, filmagem etc.) e aluguéis de roupas.

Para se ter uma ideia, um espaço que comporta de cem a quinhentos convidados e oferece serviços como recepção, cerimônia, fotografia, música e decoração, tem seu preço entre R$ 10.000 e R$ 21.000.

Como planejar um casamento?

Com todos os insights e itens definidos na planilha, obtêm-se o valor total previsto para cerimônia e festa. Porém, para evitar surpresas desagradáveis, Stange aconselha elevar o valor total em 30%.

“O ideal é que a festa esteja paga até o dia do evento. Outro ponto muito importante é se atentar para cláusulas de cancelamento e políticas de transferência de data, pois podem acontecer imprevistos em qualquer relacionamento”, alerta Stange.

A tradição do pai da noiva bancar todas as despesas do casamento é passado. Stange crê que o melhor caminho é a divisão de custos entre o casal. A educadora também lembra que, dependendo do caso, custos de lua de mel, mudança e mobília para uma nova casa também podem ser considerados no orçamento.

+ Como falar de dinheiro no relacionamento?

É possível investir para pagar um casamento?

Tendo em vista o período entre o anúncio do noivado e o da cerimônia, pode-se considerar investimentos de médio prazo que objetivam cobrir parte dos custos de um casamento.

Há títulos do Tesouro Direto com data de resgate programada para 2026, 2032 e até 2045. Estes são do tipo Tesouro IPCA +, isso é, pagam a inflação do período acrescida de uma taxa prefixada. Há também a modalidade IPCA + com juros semestrais, quando o resgate é possível ao final de cada semestre e corresponde aos rendimentos de seis meses.

Para uma ideia mais clara sobre como o Tesouro Direto pode ajudar nas despesas de um casamento, está disponível no site oficial um simulador em que se escolhe um título e um valor a ser investido.

Por exemplo, um único aporte no valor de R$ 9.712,14 num título IPCA + renderia R$ 20.000 na data de resgate, programada para 2032.

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