ETFs de bitcoin são opção simplificada para investir em criptomoedas
Aplicação replica o desempenho da criptomoeda, permitindo que o investidor tenha acesso a esse mercado sem precisar comprar o ativo diretamente
Maria Magnabosco, especial para o Bora Investir
O mercado de criptomoedas se tornou popular nos últimos anos, mas o fato é que, apesar disso, muita gente ainda tem um pé atrás em investir pela complexidade desses ativos. Para quem quer aproveitar a rentabilidade desse tipo de aplicação mas se sente inseguro com os aspectos técnicos, uma boa opção são os ETFs de bitcoin, que são fundos que acompanham o desempenho da moeda digital sem a necessidade de compra direta de criptoativos.
O mercado de ETFs de criptoativos está em forte expansão. Prova disso é que neste mês o iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, lançado em janeiro deste ano, alcançou $33,17 bilhões em ativos líquidos sob gestão, ultrapassando o ETF de ouro iShares Gold Trust (IAU), que está sendo negociado há muito mais tempo, desde 2005.
No Brasil, a negociação de ETFs ligados a criptoativos tornou-se realidade em 2021, quando o país foi pioneiro no lançamento de um ETF de criptomoedas, o HASH11 da Hashdex.
O que é um ETF de bitcoin e qual a vantagem dessa aplicação?
Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento negociado na B3 como se fosse uma ação. Ele replica o desempenho de um índice de mercado, uma commodity ou um grupo de ativos, permitindo que o investidor compre uma cesta de ativos de uma só vez.
O ETF de bitcoin acompanha o desempenho da moeda digital, que é a primeira e a maior criptomoeda em valor de mercado, sem que o investidor tenha que lidar com os aspectos técnicos da aplicação.
Para o especialista em investimentos de renda variável Leandro Martins, do canal Me Poupe!, as principais vantagens dos ETFs são a diversificação – já que o instrumento permite investir em vários ativos ao mesmo tempo – e a facilidade de negociação.
Ele cita ainda o custo mais baixo em relação a outros fundos, devido à gestão passiva do ativo – os ETFs de bitcoin replicam o desempenho da criptomoeda com a compra direta do ativo ou usando contratos futuros, e portanto seu valor acompanha o preço da moeda digital.
“O valor das cotas do ETF reflete o preço do bitcoin, permitindo que os investidores tenham exposição ao ativo sem ter que lidar com custódia física e chaves privadas”, explica Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management.
Essa característica torna o ETF de bitcoin uma ótima alternativa para quem quer exposição ao desempenho da criptomoeda sem ter que lidar diretamente com a tecnologia e os riscos envolvidos na compra, armazenamento e segurança do ativo. Como ele é negociado na B3 como uma ação, é possível comprá-lo através de uma corretora tradicional.
“Isso permite que pessoas com menos conhecimento técnico possam participar desse mercado em crescimento”, diz o especialista.
É sempre bom entender os riscos dos ETFs de bitcoin
Leandro Martins, do Me Poupe!, acredita que, antes de começar a investir em ETFs de bitcoin, é importante entender os riscos envolvidos. Isso porque o mercado de criptomoedas é altamente volátil e pode apresentar grandes oscilações de preços. “Invista apenas uma parcela do seu patrimônio com a qual se sinta confortável em caso de perdas”, diz.
Além disso, é importante avaliar as taxas de administração cobradas pelo ETF, os custos de negociação e entender se o fundo investe diretamente em Bitcoin ou em contratos futuros, já que isso pode alterar a rentabilidade do ativo. Outro ponto crítico é considerar a regulamentação e os riscos associados à segurança das criptomoedas.
Para finalizar, Theodoro ressalta que acompanhar as notícias e a evolução regulatória no mercado das criptomoedas é fundamental para tomar decisões informadas a respeito dos ETFs de bitcoin.
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