Investir melhor

7 mitos sobre dinheiro que te impedem de enriquecer

Ficar rico de repente e acreditar em investimentos milagrosos são algumas das noções erradas sobre o tema

Homem segurando bolo de dinheiro
Dinheiro ainda é um assunto que envolve muitos tabus. Foto: Adobe Stock

Seja por falta de conhecimento ou hábitos passados de geração em geração, dinheiro ainda é um assunto que envolve muitos tabus. Alguns deles impedem que as pessoas tenham uma boa relação com seus próprios recursos e podem até impedir que prosperem.

Para esclarecer alguns dos pontos mais controversos sobre dinheiro, o Bora Investir conversou com os especialistas Jayme Carvalho Jr., economista e sócio da SuperRico, e Carol Stange, educadora e planejadora financeira.

É possível enriquecer depressa

Uma ideia errada que Jayme vê com muita frequência, sobretudo em pessoas que nunca investiram, é a de que é possível enriquecer de um dia para o outro.

“Vejo muitos casos de pessoas que não querem correr riscos, mas têm pressa de ganhar dinheiro. Isso as deixa vulneráveis para cair em golpes e esquemas de pirâmide. Para que isso não aconteça, é importante que se conheça fundamentos básicos, como o funcionamento dos juros, e assim entender por que investimentos levam algum tempo para ter retorno”, observa Jayme.

+ O que são juros? Entenda como funcionam, seus tipos e modalidades

A observação de Jayme se baseia no fato de que a taxa de juros é o preço do “aluguel” do dinheiro ao longo do tempo. Por exemplo: alguém empresta R$ 1000 ao governo brasileiro comprando um título do Tesouro Direto atrelado à taxa básica de juros. Um ano depois, e se a taxa estiver em 10% ao ano, recebe R$ 1100 de volta – ou o valor inicial mais 10% de ‘aluguel’.

Existe o melhor investimento

Outra noção equivocada de muitas investidores iniciantes é a de que existe o melhor investimento.

“Isso não é verdade, pois as prioridades de uma pessoa mudam”, explica Carol Stange, “então, o que hoje se adequa a uma carteira de investimentos, pode não funcionar no futuro, pensando que investir é uma rotina de longo prazo. Por isso, é preciso fugir de muitos conteúdos na internet que apontam esse ou aquele como melhor investimento.”

Investir é arriscado

Se muitos investidores iniciantes têm pressa de ganhar dinheiro, outros nem começam a investir por medo de perder dinheiro.

“Tudo tem riscos, inclusive investir. Mas hoje existem investimentos muito seguros para quem prioriza minimizar tais riscos. Acredito que o maior risco é não investir”, sentencia Stange.

+ Tesouro Direto: o que é e como investir em títulos do governo

Guardar dinheiro basta

Alguns podem não investir e só poupar, acreditando que só isso é o bastante. Mas no longo prazo a estratégia pode dar errado.

“Se alguém só poupa, o dinheiro pode perder valor frente à inflação. Além disso, é sempre bom lembrar que o dinheiro é um meio, então só guardar e não gastar com sonhos e objetivos também é uma forma de perder dinheiro”, observa Stange.

+ Inflação: o que é, como afeta seu bolso e como se proteger dela

Relacionamento e vida financeira não se misturam

Muitas ainda não sabem como falar de dinheiro no relacionamento, e a falta de diálogo sobre o tema pode levar a brigas e até divórcios.

Mas o que para muitos é problema deveria, na verdade, ser solução. Segundo Jayme, “um casal possui alinhamento de interesses, como viagens, filhos etc. Então, falar de dinheiro é uma necessidade, já que por meio dele os sonhos se materializam. Quando as finanças do casal viram um problema, então é imprescindível conversar sobre o tema. Por exemplo, numa situação em que só um é o provedor e o outro extrapola o orçamento.”

Família e dinheiro se misturam

Muitas pessoas já passaram por aquela situação em que um parente ou amigo pede dinheiro emprestado – e muitos não sabem dizer “não”. Embora seja importante ajudar, nunca se deve comprometer o próprio orçamento com essa atitude.

“Ceder ou não um empréstimo é uma decisão pessoal, mas se deve sempre respeitar algumas regras, como nunca emprestar além das suas capacidades e não emprestar para quem não tem condições de devolver”, aconselha Jayme.

Sobre dinheiro se aprende em casa

Assim como outros hábitos, o modo como nos relacionamos com dinheiro vem em grande parte do exemplo que tivemos em casa, de pais e parentes. O problema é quando os exemplos não são bons e acabam prejudicando nossa vida financeira.

Felizmente, essa é uma realidade que está mudando, graças a iniciativas de educação financeira em escolas.

“Hoje, crianças e adolescentes se deparam com temas importantes na sala de aula, como golpes financeiros, por exemplo. Isso não substitui o papel dos pais, mas é um complemento. Inclusive, há adultos que não tiveram essa cultura de educação financeira e acabam aprendendo com os filhos”, analisa Jayme.

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