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Como receber um salário mínimo só com o rendimento de investimentos

Poupar dinheiro pode parecer difícil mas é, certamente, recompensador. Veja como acumular o necessário para gerar um salário mínimo a cada mês

Boneco representando homem sobe degraus feitos de moedas empilhadas
De grão em grão, a galinha enche o papo. Em investimentos, é preciso paciência e persistência para alcançar metas como viver de renda.

O sonho de muitos investidores – iniciantes e experientes – é deixar de se preocupar e ver seu dinheiro trabalhando para si. Viver de renda pode parecer distante e árduo, mas já nos primeiros passos desta trajetória, seus frutos começam a aparecer e, na velhice, pode ser a garantia de uma vida confortável. 

É como uma bola de neve. O rendimento de um investimento faz com que o próprio cresça. Com seus proventos, ele se reinveste e torna a crescer. A estratégia de acúmulo constante e o efeito de retroalimentação são decisivos para uma estratégia de investimentos exitosa. E, assim, um modesto aporte inicial pode se tornar uma verdadeira fortuna.

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O meio mais usual de “botar o dinheiro para trabalhar” é por meio da renda fixa. Nesta modalidade, o capital é emprestado e remunerado com base no tempo de permanência acordado com o solicitante do empréstimo. A remuneração é centrada nos juros, que são verdadeiros heróis na multiplicação de capital.

A planejadora financeira Eliane Tanabe, da Planejar, simulou algumas opções de investimentos para quem tem algum dinheiro guardado e deseja receber um salário mínimo, no valor atual de R$ 1.320,00, por mês no futuro. Se não for o seu caso, as simulações podem servir de objetivo para a quantia a ser poupada!

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Como funciona o investimento em renda fixa?

Os juros são um dos principais meios de acúmulo e multiplicação do capital. Eles estão por toda parte, desde a fatura do seu cartão de crédito até o rendimento dos seus investimentos. 

É uma espécie de “aluguel” de dinheiro: se alguém toma recursos emprestados de um banco para comprar algo, precisará fazer a devolução com um valor acrescido – os juros, que recompensam o emprestador pela cessão do montante inicial.

Este é o mecanismo básico de quase toda operação de renda fixa. Existem, é claro, diferentes taxas de remuneração e cálculos distintos para cada tipo de ativo ou cobrança. Na matemática, existem dois tipos de juros: os simples e os compostos

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  1. Juros simples

Os juros simples são os que são calculados em um valor fixo inicial. Ao longo do tempo, esse primeiro capital sofre o ajuste de uma determinada porcentagem, não se altera conforme o tempo passa.

Este tipo de taxa fixa é comum para o atraso de contas de consumo, como água ou energia.

  1. Juros compostos 

Se nos juros simples a porcentagem sempre é aplicada sobre o valor inicial, nos juros compostos ela acontece na etapa anterior. Isso quer dizer que, no primeiro mês de aplicação, o efeito será similar ao do juros simples. 

Na rodada seguinte, entretanto, a porcentagem será aplicada ao valor já acrescido pelos juros anteriores, e não no valor de origem. Os juros compostos são muito mais rentáveis que os simples, em qualquer período de tempo. A mágica dos investimentos está aqui – a bola de neve começa a crescer.

Com quanto começar a investir?

As simulações de Tanabe consideram títulos de renda fixa que equivalham a 100% da taxa CDI. Hoje, a taxa está em 13,75% ao ano mas, no futuro, o valor tende a ser diferente e se adequar à realidade. Todas partem do pressuposto de que o investidor deseja conquistar seu salário mínimo mensal quando for idoso, após disciplinados aportes mensais partindo do mês corrente.

Os cálculos desconsideram a incidência do Imposto de Renda. Neste cenário, o investidor regataria seu capital na aposentadoria, aos 65 anos. Com a longevidade estimada em mais 30 anos, o investidor poderia, portanto, chegar ao 95 anos de idade colhendo os frutos do passado.

Veja os exemplos:

Idade de inícioTempo de aporte (anos)Tempo de aporte (meses)Valor do aporte
20 anos45 anos540 mesesR$ 13,49/mês
30 anos35 anos420 mesesR$ 45,28/mês
40 anos25 anos300 mesesR$ 155,85/mês

Mas, se o investimento em questão pagasse 116% do CDI atual, as coisas mudariam de figura. Veja as opções:

Idade de inícioTempo de aporte (anos)Tempos de aporte (meses)Valor do aporte
20 anos45 anos540 mesesR$ 06,91/mês
30 anos35 anos420 mesesR$ 27,61/mês
40 anos25 anos300 mesesR$ 112,38/mês

Você também pode aprender mais com essa Masterclass sobre “Renda Fixa além do tradicional” — há outros cursos gratuitos sobre finanças no HUB de Educação Financeira da B3.

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