Consórcio ou financiamento: qual a melhor opção para a compra de bens?
Entenda as características de cada tipo de crédito antes de tomar a melhor decisão para você
A realização do sonho de comprar um imóvel, um carro ou outro bem de maior valor, sempre envolve muito dinheiro e o ideal, segundo educadores financeiros e especialistas de todos os cantos do Brasil, é sempre priorizar o pagamento à vista.
Porém, são poucas as pessoas que conseguem pagar em uma tacada só o preço de uma casa nova, por exemplo. É aí que surge a dúvida entre duas das opções de crédito mais comuns no Brasil: os financiamentos e os consórcios. Embora atendam a um objetivo semelhante – que é pagar aos poucos por aquele bem –, essas alternativas têm algumas diferenças importantes entre si.
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O primeiro e mais relevante ponto a se ter em conta na hora de escolher entre um consórcio ou um financiamento é a urgência na aquisição do bem. Você precisa de um carro novo nos próximos meses ou esse é um objetivo que ainda pode esperar por alguns anos? E em relação a um imóvel, qual o prazo que você pode esperar para comprar uma casa ou um apartamento?
Financiamentos: vantagens e desvantagens
Se a aquisição precisa ser realizada no curto prazo, o financiamento ganha vantagem frente ao consórcio. Por meio dele, é necessário dar uma entrada com parte do valor do bem, apresentar algumas documentações à instituição financeira que vai realizar o empréstimo e, com isso resolvido, buscar as chaves do bem adquirido.
Após essa entrega, começam os pagamentos das parcelas do financiamento, que costumam ser mais caras do que as dos consórcios, além de serem influenciadas pela cobrança das taxas de juros. Em um cenário de baixa da Selic, taxa básica de juros, o peso sobre as parcelas é significativamente menor. Em contrapartida, em um cenário de juros altos como o atual (de 13,25% ao ano), as parcelas podem pesar mais no bolso.
Apesar da cobrança de juros nas parcelas, há ainda outras vantagens na escolha do financiamento. Normalmente, essa modalidade de pagamento oferece a possibilidade do cliente optar por um alongamento das parcelas, ou seja, a pessoa compradora consegue mais tempo para pagar o valor total do bem.
Consórcios: vantagens e desvantagens
Já em um consórcio, não é possível saber em quanto tempo as chaves chegarão nas mãos do comprador. Isso porque o modelo dele funciona da seguinte forma: um grupo de pessoas pagam, mensalmente, parcelas para um objetivo em comum, como a compra de uma casa. E, a cada mês, uma delas é sorteada, enquanto outras conseguem reunir uma quantia maior de recursos para dar lances e antecipar o recebimento do bem.
Neste contexto, é necessário contar com o fator sorte para saber quando você será contemplado com a carta de crédito do consórcio e, por isso, essa não é a opção mais indicada para quem tem pressa.
Por outro lado, os consórcios oferecem a possibilidade de pagar parcelas menores antes do recebimento do bem e maiores depois que a pessoa já foi contemplada. As parcelas de pagamento também costumam ser mais em conta do que com o financiamento e não há a cobrança de juros sobre as parcelas. Há, no entanto, taxas de administração que devem ser pagas à empresa administradora do consórcio.
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Outro ponto de atenção com os consórcios é que, em casos de desistência, é possível receber o dinheiro que já foi pago de volta, mas existe a cobrança de uma taxa de desistência. Assim, o valor não será devolvido integralmente.
Uma questão bastante levantada por especialistas e consumidores é: se não há a necessidade de adquirir o bem naquele momento, por que escolher o consórcio e não juntar o dinheiro por conta própria?
Para quem tem disciplina, realmente faz mais sentido poupar o montante para a compra do bem e investir esse valor, fazendo com que o dinheiro renda mais no período. Entretanto, para aquelas pessoas que não têm tanto autocontrole com o dinheiro que sobra mês a mês, o consórcio pode ajudar ao ser entendido como “uma conta a ser paga”.
Como escolher entre financiamento e consórcio?
Para escolher entre as duas opções, além de levar em conta a urgência da situação, vale a pena também colocar todos os custos na ponta do lápis e calcular. Faça simulações de quanto aquele bem custa e quanto custaria ao final de um consórcio e de um financiamento.
Com calma e muita análise, após entender o funcionamento dessas duas alternativas e quais os seus prós e contras, escolha aquilo que faz mais sentido para o seu momento e suas necessidades.
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