Sua promessa para 2024 é começar a investir? Saiba os 9 termos que você precisa conhecer
Entenda o que quer dizer CDI, CDB, liquidez, Ibovespa, e outros termos comuns dos investimentos
A gente sabe: começar a investir pode ser um desafio a qualquer um. A sopa de letrinhas e a variedade de produtos oferecidos tem como efeitos colaterais tonturas e dor de cabeça. Mas o Bora Investir está aqui para te ajudar a começar.
Se sua meta para o ano que vem é começar a investir e a cuidar melhor do seu dinheiro, confira essa lista dos nove termos para você começar a se preparar e fazer seus primeiros aportes.
12 passos para colocar sua saúde financeira em dia nos 12 meses de 2024
1. CDI
A sigla significa: Certificado de Depósito Interbancário. É o instrumento usado entre os bancos, quando fazem empréstimos entre eles. O CDI acompanha de perto a taxa Selic, a taxa básica da economia brasileira, que é fixada pelo Banco Central a cada 45 dias. O importante para os investidores é saber que o CDI é muito usado como referência para os investimentos em renda fixa pós-fixada. São aqueles títulos que vão acompanhar a rentabilidade do CDI ao longo do tempo. Para muitos dos títulos, a rentabilidade é dada como uma porcentagem do CDI, como 90% do CDI, ou 108% do CDI.
2. CDB
É comum confundir CDI e CDB, mas são coisas diferentes. Os CDBs são certificados de depósitos bancários. Esses sim são oferecidos a pessoas físicas. Quando um investidor compra um CDB, na prática ele está emprestando dinheiro para um banco. Em troca, o banco paga ao investidor uma rentabilidade. Essa rentabilidade pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. No modelo prefixada, a taxa é acordada no momento do investimento, como 12% ao ano. No caso dos pós-fixados, a maioria dois títulos usa o CDI como indexador (daí a confusão entre os termos). No caso dos títulos híbridos, normalmente há uma correção pelo IPCA, o índice oficial de inflação, mais uma taxa prefixada.
3. FGC
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma instituição de proteção a correntistas, poupadores e investidores. Ele funciona como um seguro financiado por bancos e outras instituições financeiras e oferece indenizações de até R$ 250 mil por CPF por instituição financeira. Isso significa que, mesmo que um banco tenha problemas e dê o calote nos investidores, até R$ 250 mil investidos por pessoa naquele banco estão cobertos pelo FGC. Alguns dos produtos garantidos pelo FGC são: poupança, CDB, depósitos à vista, LCIs e LCAs.
4. LCI e LCA
As letras de crédito imobiliário (LCIs) e letras de crédito do agronegócio (LCAs) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Os bancos usam esses instrumentos para captar recursos que serão destinados ao financiamento dos dois setores. Ou seja, são títulos de dívida lastreados em créditos imobiliários ou do agronegócio.
5. CRI e CRA
Assim como as LCIs e LCAs, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são instrumentos para financiar as atividades desses setores. A diferença aqui é que os CRIs CRAs não são emitidos por instituições financeiras, mas sim por securitizadoras. Esses títulos são lastreados em fluxos de pagamentos futuros de empresas dos setores imobiliário e do agronegócio. Ao investir em um, você estará ajudando a financiar essas atividades.
6. Liquidez
É o grau de facilidade com o qual um ativo financeiro ou não financeiro pode ser convertido em moeda corrente. Dizer que um investimento é mais líquido que outro significa que é mais fácil e rápido resgatar o dinheiro aplicado naquele produto. Quando um investimento tem liquidez diária, por exemplo, significa que o investidor consegue de volta o seu dinheiro no mesmo dia quando pede o resgate. Uma liquidez de D+30, por outro lado, significa que ele terá de esperar 30 dias até receber na conta o valor investido – a contar da data do pedido de resgate.
7. Carência
Quando um investimento tem uma carência de 1 ano, por exemplo, não é possível resgatar o valor investido antes desse prazo. É comum ver títulos de renda fixa com carência até o vencimento: ou seja, o investidor precisa esperar até a data prevista de vencimento para receber seu dinheiro de volta.
8. Dividendos
Dividendo é a distribuição de lucro que as empresas fazem a seus acionistas. Todas as empresas brasileiras listadas na B3 que registram lucro – informação divulgada no balanço – têm obrigação de distribuir, no mínimo, 25% desse valor aos seus acionistas, mas a fatia pode até ser maior, se a empresa decidir. O pagamento pode ser mensal, semestral ou anualmente. Vale lembrar que, caso a empresa não tenha registrado lucro no período, o pagamento fica suspenso.
9. Ibovespa
O Ibovespa B3 é o principal índice acionário brasileiro. Ele é formado por uma carteira hipotética de ações e tem como objetivo ser um termômetro do mercado brasileiro de ações.
Reavaliado a cada quatro meses, o índice é composto pelas ações e units de companhias que correspondem a cerca de 85% do número de negócios e do volume financeiro do nosso mercado de capitais.
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